Juno Temple, conhecida por seu trabalho notável em Ted Lasso e Fargo, foi indicada ao Emmy quatro vezes consecutivas e é considerada uma das atrizes mais talentosas de sua geração. No entanto, há um papel que marcou sua trajetória de uma forma inesperada.
Em entrevista recente à Interview Magazine, Temple revelou que foi rejeitada para interpretar Alice na adaptação de Alice no País das Maravilhas, dirigida por Tim Burton e lançada em 2010.
O papel de Alice acabou nas mãos de Mia Wasikowska, que protagonizou o filme e sua sequência de 2016, Alice Através do Espelho. O longa de Burton fez história, arrecadando mais de 1 bilhão de dólares mundialmente e contando com um elenco estelar, incluindo Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Anne Hathaway. Para Temple, esse papel representava o sonho de infância de atuar em uma adaptação das famosas obras de Lewis Carroll, as quais ela admirava desde pequena.
Temple tinha apenas 17 anos quando soube que não teria chance de fazer o teste para o papel. Ela lembra claramente do momento em que recebeu a ligação do seu agente: “Eu estava super empolgada, então ele me perguntou: ‘Você está sentada?’ E logo me disse que Tim Burton não achava que eu era a pessoa certa para o papel, então não haveria audição”. A atriz descreveu a sensação de decepção, pois estava profundamente envolvida com a ideia de viver Alice. “Era um papel dos meus sonhos”, admitiu.
Com o tempo, Temple encontrou uma nova perspectiva sobre a situação. Ao assistir ao filme, ela percebeu que talvez não fosse realmente o seu momento. “Eu assisti e senti que não era para mim naquela época. Eu não era a Alice. Eu sou a Rainha de Copas”, brincou a atriz.
Em sua entrevista, Temple ainda compartilhou que, embora tenha sentido dor pela rejeição, isso a fez entender que cada papel vem no momento certo. Ela tentou em outras audições para filmes da Disney, mas percebeu que não se encaixava no papel de outras princesas como Cinderela, por exemplo. Essa reflexão mostra a maturidade de Temple, que reconhece que o destino muitas vezes é mais sábio que nossas próprias escolhas na hora de decidir qual caminho seguir e reconhece que as escolhas e rejeições acabam guiando sua carreira de maneira inesperada, mas necessária.
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Hoje, Juno Temple vive um novo momento em sua carreira ao integrar o elenco de Venom: The Last Dance, o terceiro filme da franquia, ao lado de Tom Hardy e Chiwetel Ejiofor. Para ela, participar da conclusão de uma trilogia tão bem-sucedida é um privilégio. No filme, Temple interpreta a Dr. Teddy Paine, um papel que ela sente ser completamente seu.
Temple se mostrou empolgada com a chance de participar dessa história, que, ao longo dos filmes, se distanciou das convenções tradicionais de heróis e vilões. “Eu adoro a amizade entre Eddie e Venom”, revelou. “Desde o primeiro filme, me apaixonei por como eles se tornaram melhores amigos, e o foco nessa amizade no último filme é muito especial”.
Além disso, Temple reconhece a importância dessa conexão no filme, não apenas como uma dinâmica única, mas como uma verdadeira força do enredo. “Era algo novo e divertido, muito além de um simples filme de ação”, disse. Para a atriz, trabalhar em Venom 3 foi uma experiência que a fez enxergar de forma renovada a importância das escolhas que fez ao longo de sua carreira.
Apesar da dor de não ter sido escolhida para Alice no País das Maravilhas, o caminho de Juno Temple tomou rumos inesperados e gratificantes. Cada papel que interpretou ao longo dos anos, seja em dramas ou filmes de ação, mostrou o amadurecimento e a profundidade de sua atuação. Seu papel como Dr. Teddy Paine, por exemplo, demonstra que Temple está confortável em papéis complexos e que, mesmo diante das rejeições, seu talento e versatilidade não são limitados por um único tipo de personagem.
A trajetória de Juno Temple é um exemplo de como as rejeições podem ser oportunidades de aprendizado e crescimento. Com uma carreira rica em papéis desafiadores, ela continua a construir um legado no cinema.
Venom: A Última Rodada já está disponível nos nos cinemas.
