Filmes

Cannes | Filmes vaiados pela crítica ganham principais prêmios do Festival

Parece que a crítica (ou o júri) errou feio no Festival de Cannes 2016. Em um resultado dos mais polêmicos dos últimos anos, o grupo de atores, cineastas e outros profissionais do cinema liderados pelo presidente do júri George Miller (Mad Max) deu vários prêmios para filmes pouco apreciados pela crítica presente na França.

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O filme novo do diretor Xavier Dolan (Eu Matei a Minha Mãe) levou o Grand Prix, espécie de “vice-campeonato” do Festival. Intitulado Juste La Fin du Monde (“Apenas o Fim do Mundo”, em tradução livre) e estrelado por Marion Cotillard, Lea Seydoux e Gaspard Uliel, o filme sobre um escritor com uma doença terminal foi vaiado em sua exibição.

Outro prêmio polêmico foi o de melhor direção, que foi para Olivier Assayas (Acima das Nuves) pelo controverso filme Personal Shopper, estrelado por Kristen Stewart. O filme recebeu vaias da crítica na primeira exibição, mas foi audivelmente aplaudido na segunda, aberta ao público e aos astros presentes no Festival. Assayas dividiu o prêmio com o romeno Cristian Mungiu, por seu drama Graduation.

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Já o filme independente americano American Honey, que conta com Shia LaBeouf em cenas de sexo quentes (e dançando Rihanna), levou o Prêmio do Júri, a proverbial “medalha de bronze” do Festival de Cannes.

Apesar do favoritismo de Sônia Braga e do filme brasileiro Aquarius, o prêmio de Melhor Atriz foi para a filipina Jaclyn Jose, que interpreta uma mãe solteira de quatro filhos no drama independente Ma’ Rosa. Já Melhor Ator foi para o iraniano Shahab Hosseini, conhecido pelo papel em A Separação, que interpreta um ator atormentado em The Salesman – que também ganhou melhor roteiro.

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Por fim, a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival, acabou indo para um velho favorito de Cannes. Ken Loach, o diretor britânico que já havia ganhado anteriormente por Ventos da Liberdade (2006), entrou para a selete lista de diretores laureados duas vezes em Cannes com I, Daniel Blake, sobre a parceria entre um carpinteiro aposentado e uma mãe solteira para conseguir ajuda financeira do governo.

Apesar de Aquarius sair de mãos abanando, o Brasil levou o prêmio de Melhor Documentário do Festival, com Cinema Novo, obra de Eryk Rocha sobre um dos maiores movimentos cinematográficos da história do Brasil.

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