Filmes

Estudo aponta conexão direta entre gênero dos produtores de TV e a participação de mulheres

Um estudo realizado pelo “Centro de Estudo da Mulher na Televisão e no Cinema” pela San Diego State University apontou que o gênero de um produtor executivo ou criador de um programa de televisão está diretamente relacionado com quantas mulheres vão conseguir trabalho no projeto, tanto como atrizes quanto nos bastidores. Concluindo que uma produtora mulher tem uma chance muito maior de chamar mulheres para cargos como diretoras e roteiristas.

O relatório foi apresentado pela Dra Martha Lauzen que observou que programas com pelo menos uma mulher como criadora costumam ter 26% de suas diretoras mulheres, e também 45% de roteiristas mulheres, enquanto um programa com somente homens como criadores costumam ter 13% de diretoras e 16% de roteiristas mulheres.

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O estudo também observa que a contratação de mulheres em posições-chave na produção televisiva está “estacionada, sem progresso significante tendo sido feito na última década”, de acordo com o relatório. Entre 2017 e 2018, mulheres eram 27% da força de trabalho da indústria televisiva, contando produtoras, criadoras, editoras, roteiristas, diretoras e diretoras de fotografia. O que é uma diminuição em relação a como foi em 2016 e 2017 em que eram 28%. E também é um aumento pequeno em relação a como foi entre 2006 e 2007 em que eram 26%.

Nesse ano mulheres foram 40% dos papeis com fala da televisão americana. O que é 2% abaixo do ano passado. E também foram 41% dos personagens com falas em programas de televisão aberta, a cabo ou streaming.

Um ponto em que de fato houve uma melhora significativa foi com o percentual de mulheres latinas, que atingiram um recorde histórico, atingindo 7% de mulheres latinas trabalhando na televisão. Porém as latinas ainda são o grupo mais injustiçado se comparado com sua representação na população dos EUA.

O estudo também concluiu que as personagens femininas tem uma probabilidade muito maior de viver personagens cujo papel é baseado em experiências de vida pessoal, como o de esposas ou de mães. Enquanto personagens masculinos tem seus personagens definidos pelo seu trabalho como o de empresários, por exemplo. 58% dos personagens masculinos vivem papeis profissionais, já femininos são 42%.

O estudo também concluiu que personagens femininas tendem a ser mais jovens. Com 59% das personagens mulheres tendo menos de 30 anos e 53% dos personagens masculinos tendo mais de 30 anos.

O estudo investigou as mulheres empregadas em programas de televisão de todos os gêneros: comédia, drama e reality, tanto da televisão aberta, quanto a cabo, quanto de serviços de Streaming como o Netflix.

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