O diretor Spike Lee debateu em um painel do Festival de Veneza sobre o futuro do cinema e o envolvimento da Netflix na indústria. Entre elogios de que a gigante do streaming cria novas oportunidades, o famoso cineasta brincou com o trabalho minucioso da empresa.
Durante a conversa, Spike Lee falava sobre a série que tem na Netflix, Ela Quer Tudo, baseado no filme de mesmo nome de 1986. O diretor se disse impressionado com os dados que a empresa tem.
“Eu gosto porque eles sabem quando você pausa e quando começa a ver. Eles sabem se você assiste todo episódio. Não é uma piada. Eles sabem quando você faz uma pausa para ir ao banheiro e volta. Eu não estou exagerando”, comentou o diretor.
A série de Spike Lee foi renovada para 2ª temporada. Mas, o diretor garante que não teve acesso aos números de audiência, apenas às reações das redes sociais. No painel, o cineasta também destacou que a Netflix dá liberdade para os seus colaboradores.
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“Eu disse para o meu diretor de fotografia que nós não estaríamos compondo para TV. Eu disse para todo mundo, produtores, figurinistas, todo mundo, nós estamos fazendo cinema. Nós não vamos filmar vários close-ups. Nós não vamos fazer isso”, explicou o diretor, mesmo que a produção seja uma série.
Outro destaque do diretor com a plataforma de streaming também é em relação às oportunidades de trabalho. Spike Lee chamou a empresa de “amiga dos jovens cineastas”.
“Essas pessoas precisam do produto. Netflix gastou US$ 8 bilhões no ano apenas com filmes e séries”, declarou o diretor.
Além de trabalhar na 2ª temporada de Ela Quer Tudo, Spike Lee está trabalhando no lançamento do filme Infiltrado na Klan, que chega aos cinemas brasileiros em 22 de novembro.