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Radioactive: Veja o que filme mudou sobre história de Marie Curie

Longa é inspirado em fatos reais, mas dramatiza algumas situações

ALERTA DE SPOILERS

Marie Curie é uma das principais cientistas da história moderna. A vida dela ganha foco no filme Radioactive, que está na Netflix.

Na trama, a aclamada Rosamund Pike assume o papel da influente pesquisadora. Mas, como muitos podem imaginar, nem tudo sobre o filme é verdadeiro.

Em Hollywood, é comum que cinebiografias mudem algumas situações para melhorar o roteiro. Radioactive é mais uma produção que usa desse artifício.

A trama busca apresentar ao público a vida pessoal de Marie Curie e como isso influenciou no trabalho dela. A cientista teve uma história trágica.

A figura histórica perde o marido ainda jovem. Pierre foi morto em um acidente, ao mesmo tempo que sofria por envenenamento de radiação.

A cientista morre aos 66 anos da mesma situação. Porém, até isso acontecer, Radioactive muda algumas coisas.

Inspiração de Radioactive

O filme é inspirado diretamente no livro Radioactive: Marie & Pierre Curie: A Tale of Love and Fallout, de 2010. Escrito por Lauren Redniss, ele reconta a história de amor dos cientistas, envolvendo as importantes descobertas para humanidade.

O casal foi pioneiro no campo da radioatividade. Primeiro, por conta da pesquisa na área, venceram o Prêmio Nobel de Física em 1903.

Após isso, Pierre morreu. Marie Curie seguiu as pesquisas e descobriu os elementos rádio e polônio. Com isso, venceu o Prêmio Nobel de Química em 1911, se tornando a única mulher a ter dois troféus e a única pessoa a conquistar em áreas diferentes.

O estudo da cientista ajudou no desenvolvimento da quimioterapia para tratar câncer e também na criação da tecnologia em raio-x.

Mudanças em Radioactive

O filme que está na Netflix muda o ponto central da história. A trama do romance de Marie e Pierre Curie tem momentos criados para ficar mais cinematográfico.

O casal, por exemplo, se conhece como em uma comédia romântica. Marie se choca com Pierre nas ruas de Paris e ele nota o que a cientista está lendo. Isso é mentira.

A história real é que os dois se conheceram por causa do professor de física Józef Wierusz-Kowalski. Ele sabia que Marie precisava de um laboratório e Pierre poderia ajudá-la.

Ao mesmo tempo, Radioactive deixa de fora que Marie recusou o pedido inicial de casamento de Pierre. A cientista tinha medo de que precisaria voltar para Polônia.

Outro ponto que o filme também não pode provar é que Marie tinha um medo irracional de hospitais. Ninguém sabe se isso é realmente verdadeiro.

Minimiza influência

O longa da Netflix também muda algo importante. Radioactive minimiza o interesse de Pierre nos amigos que buscavam a ciência para pesquisas místicas.

O cientista teve um longo envolvimento com a espiritualista Eusapia Palladino. Pierre chegou até a convidar membros da comunidade científica para acompanhar esse trabalho.

Outro ponto modificado é que Marie não consegue doar as medalhas dela do Prêmio Nobel. Na vida real, o Banco Nacional da França recusa a proposta. Marie queria construir máquinas portáteis de raio-x para os soldados usarem na Primeira Guerra Mundial.

Na realidade, a cientista compra títulos de guerra com o dinheiro que ganhou com as vitórias no Prêmio Nobel.

“Movida por uma mente brilhante e uma grande paixão, Marie Curie embarca em uma jornada científica com o marido, Pierre. Suas descobertas vão mudar o mundo”, diz a sinopse do filme da Netflix.

Radioactive está disponível na plataforma de streaming.

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