DC e Marvel

Snyder Cut: Liga da Justiça dá aula para Thanos na Marvel

Liga da Justiça de Zack Snyder fez um trabalho melhor que o MCU ao explicar uma questão sobre a importância da Terra

Todos os fãs da Marvel conhecem bem a jornada de Thanos: o vilão busca completar a sua coleção de Joias do Infinito para a sua Manopla do Infinito.

No cinema, Thanos queria coletar todas as Joias para que pudesse dar o Estalo, aniquilando metade da vida no universo. Ele acreditava que, com uma superpopulação, um dia os recursos acabariam, levando a uma catástrofe universal, como aconteceu em seu planeta, Titã.

Ao longo do MCU, uma conveniente coincidência se desenrolou: três Joias do Infinito desejadas por Thanos estavam na Terra (o Tesseract, o Olho de Agamotto e o cetro de Loki).

É claro que a Marvel precisava justificar a importância da Terra em toda essa trama, já que a maioria dos seus super-heróis vivem por aqui. Mas se tratando dessa questão, o “Snyder Cut” de Liga da Justiça fez um trabalho um pouco melhor.

O longa-metragem forneceu uma explicação plausível de por que a Terra é o centro metafórico do universo: ela é o lar da Equação Anti-Vida.

Trata-se de um poder abrangente que permite ao usuário controlar todos os seres vivos. O vilão Darkseid é obcecado pela Equação Anti-Vida, portanto o “Snyder Cut” de Liga da Justiça revela que, há muito tempo atrás, ele esteve na Terra para buscá-la, mas foi massacrado por um exército de amazonas, atlantes e humanos.

Embora essa questão sobre a importância da Terra no plano geral das coisas seja melhor esclarecida aqui do que na Marvel, curiosamente, ela também traz um problema.

Quando Lobo da Estepe diz que encontrou a Equação Anti-Vida na Terra, a revelação é tratada como uma surpresa para Darkseid, sendo que é o mesmo lugar que ele tentou invadir há anos. Então, o que houve com a memória do vilão?

Desde que esse “furo” foi apontado, Zack Snyder esclareceu que muita coisa aconteceu com Darkseid desde que ele voltou para Apokolips, daí o motivo para ter “esquecido” da Terra.

Nova polêmica de Joss Whedon em Liga da Justiça

O drama de Liga da Justiça envolvendo o diretor Joss Whedon continua.

Em uma nova entrevista para o Hollywood Reporter, o ator Ray Fisher – que interpretou Ciborgue no filme de super-heróis da DC – detalhou como Whedon, de 56 anos, foi supostamente pouco profissional durante as refilmagens depois de substituir o diretor original Zack Snyder.

No artigo, o Hollywood Reporter também relatou como Gal Gadot, que interpretou a Mulher-Maravilha, teve vários problemas com Whedon.

Uma fonte disse ao site que Gadot tinha “problemas sobre sua personagem ser mais agressiva do que era em Mulher-Maravilha”.

“Ela queria fazer a personagem fluir de um filme para o outro”, explicou a fonte.

Whedon e Gal Gadot entraram em conflito ainda mais quando ele fez alterações no roteiro e queria que ela gravasse novas falas que ela não achava que combinavam com a personagem.

Whedon supostamente disse que prejudicaria a carreira de Gal Gadot se ela não aceitasse. Uma testemunha afirmou: “Ele disse a ela que era o escritor e ela ia calar a boca e dizer as falas e ele poderia fazê-la parecer incrivelmente estúpida no filme.”

Whedon também desacreditou a colega diretora Patty Jenkins, que dirigiu os dois filmes da Mulher-Maravilha. A dupla teria procurado o então presidente da Warner, Kevin Tsujihara, para reclamar.

Gadot disse em um comunicado ao Hollywood Reporter: “Eu tive meus problemas com Whedon e a Warner Bros. lidou com isso em tempo hábil.”

Gal Gadot não especificou quais eram os “problemas”.

Em dezembro, ela disse ao LA Times: “Eu tive minha própria experiência com ele, que não foi a melhor, mas eu cuidei disso lá e quando aconteceu eu levei para os superiores e eles cuidaram disso. Mas fico feliz por Ray subir e dizer sua verdade.”

Jenkins disse no podcast ReelBlend em dezembro que ninguém levou a sério a versão de Whedon de Liga da Justiça.

“Todos nós, diretores da DC, jogamos fora o filme de Whedon tanto quanto os fãs”, disse ela.

“O tratamento no set de Joss Whedon com o elenco e a equipe de Liga da Justiça foi grosseiro, abusivo, não profissional e completamente inaceitável”, alegou Fisher on-line em julho.

“Ele foi capacitado, de várias maneiras, por Geoff Johns e Jon Berg.”

Johns e Berg foram produtores do filme e também executivos da Warner Bros. Pictures na época.

Desde então, a WarnerMedia lançou uma investigação sobre as reivindicações, mas em dezembro anunciou que o processo estava encerrado e “medidas corretivas foram tomadas”.

Whedon não comentou anteriormente sobre as alegações em torno de Liga da Justiça.

No Brasil, a versão de Liga da Justiça que foi lançada nos cinemas está agora disponível na Netflix. Já o corte de Zack Snyder pode ser alugado através das principais plataformas de streaming.

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