Contém spoilers

Inspiração real: Explicado quem é o vilão de Ninguém Sai Vivo

Demônio do filme da Netflix é baseado em deusa da mitologia asteca

Ninguém Sai Vivo tem tudo para se tornar o filme de terror mais assistido da Netflix – em pleno mês de Halloween. A produção conta uma história de tom claustrofóbico, marcada por ameaças sobrenaturais e temas importantes da vida real. Muitos espectadores não sabem, mas a entidade demoníaca no centro do longa é inspirada em uma figura importante da mitologia asteca.

Ninguém Sai Vivo acompanha a história de Ambar – vivida por Cristina Rodlo – uma jovem mexicana que embarca em uma difícil jornada em busca do Sonho Americano, após passar anos cuidando da mãe doente.

Após encontrar um subemprego em uma confecção, a protagonista consegue alugar o quarto mais barato em uma hospedaria dilapidada. Em sua primeira noite, Ambar começa a ouvir estranhos sons vindos dos outros quartos – e desconfia que algo terrível está escondido no porão da residência.

O longa revela que a hospedaria em questão é repleta de fantasmas de mulheres assassinadas violentamente e sacrificadas para uma misteriosa entidade. O site CinemaHolic explicou tudo sobre o monstro de Ninguém Sai Vivo e suas inspirações reais; confira abaixo.

O monstro bizarro de Ninguém Sai Vivo

Segundo o site CinemaHolic, o monstro de Ninguém Sai Vivo, na verdade, é a deusa asteca Itzpapalotl. Sua presença é introduzida no início do filme, por meio de uma caixa de pedra com misteriosas inscrições.

Nas primeiras cenas do longa, uma filmagem em preto e branco mostra que um time de escavadores encontrou a caixa nos anos 60, em meio às ruínas de um templo asteca.

Junto com a caixa, os escavadores encontram caveiras e ossos humanos, o que confirma que a entidade em questão era invocada com sacrifícios.

À medida que a trama do longa se desenvolve, a protagonista Ambar encontra gravações de um homem entoando cânticos em uma linguagem desconhecida, e dizendo que “o ritual deve ser feito com idosos, mulheres e crianças”.

No mesmo cômodo, Ambar descobre um livro intitulado “Rituais Mesoamericanos Primitivos”, que traz informações importantes sobre a caixa, os sacrifícios rituais e importância da deusa Itzpapalotl.

“Uma foto mostra Itzpapalotl, uma deusa guerreira esquelética, em Tamoanchan, o reino paradisíaco governado por ela”, comenta o site CinemaHolic.

Tamoanchan, na mitologia dos astecas, é um dos diversos reinos dos mortos. Nele, residem as almas de crianças que morreram na infância.

Na iconografia asteca, Itzpapalotl é ligada à mariposa Rothschildia Orizaba, da família Saturniidae – também conhecida como “borboleta obsidiana”. É por isso que Ninguém Sai Vivo traz diversas referências e ícones dos insetos.

Já no calendário dos astecas, Itzpapalotl é a deusa protetora do dia Cozcacuauhtli e da Casa Número 1 da Trecena. A figura mitológica também é um dos Tzitzimitl – demônios cósmicos que atacam o sol e criam eclipses.

Em Ninguém Sai Vivo, a caixa de pedra serve como uma espécie de portal para o reino de Tamoanchan, governado pela deusa.

Quando um sacrifício é oferecido a ela no altar, Itzpapalotl sai de dentro da caixa e devora a cabeça dos tributos. A deusa aparece como uma criatura monstruosa, que mistura aspectos de diversos insetos.

No final do filme, Ambar consegue matar Becker e oferecer Red como uma sacrifício para a deusa, tornando-se assim a nova sacerdotisa de Itzpapalotl.

Ninguém Sai Vivo está disponível na Netflix; confira abaixo a imagem mitológica de Itzpapalotl.

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