Os críticos à escolha de Scarlett Johansson para estrelar A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell não pretendem ficar calados, mesmo após o diretor japonês Mamory Oshii, que já fez duas adaptações asiáticas da mesma obra, ter defendido publicamente a escalação da atriz americana.
O grupo Media Action Network for Asian Americans (MANAA) sustentou, através de comunicado publicado nesta sexta-feira (31), que Johansson mentiu ao afirmar em entrevista à Good Morning America que nunca teria intenção de interpretar um personagem de outra raça.
O MANAA condeou ainda a escolha de Michael Pitt para o papel de Kuze, pois seu personagem também seria japonês.
“Holywood continua dando as mesmas desculpas, de que não há nomes asiáticos grandes o suficiente para sustentar um blockbuster”, disse o presidente fundador do grupo ativista, Guy Aoki.
A controvérsia surgiu sob o artumento de que a escolha de uma atriz branca para interpretar um papel baseado em personagem de mangá japonês representaria alguma espécie de preconceito contra asiáticos.
Escrita por Jonathan Herman (Straight Outta Compton), a versão com atores de Ghost in the Shell é baseada no mangá sobre uma cirborgue das forças especiais (Scarlett Johansson) que comanda uma força-tarefa de elite chamada Seção 9 para a Hanka Robotics, dedicada a parar os criminosos e extremistas mais perigosos.
O grupo de terrorista tem como líder “O Homem que Ri” (Michael Pitt), um poderoso hacker meio humano e meio máquina, cujo único objetivo é acabar com os avanços da tecnologia cibernética da Hanka. Beat Takeshi Kitano (Battle Royale), Pilou Asbæk (Lucy), Sam Riley (Malévola) e Rila Fukushima (Arrow) completam o elenco.
A direção está a cargo de Rupert Sanders (Branca de Neve e o Caçador). A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell chegou aos cinemas brasileiros em 30 de março.
“Nunca quis me passar por uma pessoa de outra raça”, diz Scarlett Johansson sobre polêmica escalação