Lições

Agente Stone: o que se aprende sobre segurança no filme

Filme com Gal Gadot está disponível na Netflix

Agente Stone: o que se aprende sobre segurança no filme

Lançado recentemente na Netflix e tendo a atriz Gal Gadot como protagonista, o filme Agente Stone é uma história moderna que, de certa forma, conta algo que é bastante comum atualmente. Na trama, a personagem principal precisa lutar para impedir que um ataque hacker aconteça. 

Esse invasor utiliza inteligência artificial, por meio de um recurso que consegue analisar muitos dados ao redor do mundo. Até o momento não existe uma IA que seja tão potente a esse ponto, porém, os ataques hackers são um dos principais medos das empresas. Os criminosos têm se aperfeiçoado, e aplicado golpes cada vez mais sofisticados, incluindo os que são focados em desviar PIX e até com formato surpresa. 

O Maldoc é uma técnica que foi descoberta há pouco tempo, e que se refere a colocar um documento Word malicioso dentro de um PDF. Embora muitas pessoas acreditem que o PDF é mais seguro, ele também merece atenção especial. Além de fazer as trocas de arquivos em ambientes confiáveis, seja converter PDF em Word ou Word em PDF (nesse caso, quando não há Adobe instalado), é válido criptografar e limitar o acesso se as informações forem confidenciais. 

Porém, como observado no filme, a segurança deve estar presente em vários aspectos. Sem contar que não é responsabilidade apenas de uma área específica. Em uma empresa, todos devem estar conscientes dos riscos que correm para evitar essas situações indesejadas. 

Estas são as principais lições que se pode tirar do filme Agente Stone:

Trojans existem

Na trama, a hacker consegue entrar em um sistema por meio de um trojan. Também chamado de cavalo de troia, esse arquivo malicioso é bastante conhecido, e um dos principais recursos para realizar fraudes cibernéticas. 

Segundo a Kaspersky, em 2022, cerca de 200 mil novos trojans bancários foram descobertos, o que representa duas vezes mais que no ano anterior. Ele entra nas máquinas por estar disfarçado de um programa comum, e acaba corrompendo o sistema, entrando nos aplicativos de banco e em outras plataformas relacionadas com dinheiro. 

Cuidado com Wi-Fi

No caso do filme, o cavalo de troia entrou por meio de uma conexão Wi-Fi. Apesar de parecer indefesa, a rede de internet também pode sofrer com ataques, e por esse motivo requer atenção especial. 

Os especialistas recomendam que as pessoas não entrem em sites e aplicações bancárias ou que tenham informações confidenciais, se estiverem em uma rede pública. Ou seja, caso esteja em um shopping, praça ou local onde muitas pessoas se conectam à internet, o indicado é limitar o uso apenas ao que for essencial. O 

Para as redes domésticas, vale se atentar aos seguintes pontos:

  • Trocar a configuração padrão: todo roteador vem com um login e senha padrão. Para evitar que alguém teste esse código e acesse sem autorização, o ideal é trocar essas informações o quanto antes;
  • Usar cabos, quando possível: o bom e velho cabo de rede pode ajudar a dar mais segurança e até estabilidade à internet. Para quem puder usar cabos, essa pode ser a melhor alternativa;
  • Manter o aparelho atualizado: para fazer isso, é necessário clicar na parte de configurações do aparelho. Já para atualizar o firmware é preciso ir no site do fabricante, baixar a última versão e seguir as informações disponíveis. 

Atualização é investimento 

Não apenas o firmware deve ser atualizado como todo o sistema do dispositivo. Caso no filme o sistema tivesse feito essa manutenção, o tempo de resposta e mitigação dos riscos poderia ser muito menor. 

Em geral, os colaboradores deixam de fazer as atualizações necessárias, pois é algo que toma tempo e que pode atrapalhar um pouco a rotina. Porém, um ataque hacker seria muito pior, por esse motivo, a manutenção dos sistemas atualizados é algo que precisa fazer parte da cultura das empresas. 

Camada extra de segurança

Outro ponto de atenção que não costuma aparecer nos filmes é a autenticação de dois fatores. Esse recurso, que já existe há anos, ajuda a criar uma nova camada de segurança, para dificultar o trabalho dos hackers. 

Para acionar o autenticador, é necessário configurar o acesso da aplicação. Por exemplo, um aplicativo de banco pode ter uma segunda verificação, além da senha e e-mail. Em geral, os sistemas solicitam que informe um código que foi enviado por SMS ou coloque outra informação pessoal.

Apesar de se tratar de uma obra de ficção, Agente Stone apresenta um enredo com diversos erros que as pessoas cometem quando o assunto é segurança cibernética. Ainda hoje existem usuários que se conectam a qualquer rede pública, por exemplo, sem qualquer cuidado. Então, vale a pena ficar de olho para evitar que um desastre das telinhas se torne um pesadelo na vida real.

Sair da versão mobile