Barry Jenkins, diretor e roteirista de Moonlight: Sob a Luz do Luar, conversou com a Entertainment Weekly sobre a gafe histórica do Oscar, que anunciou erroneamente La La Land como melhor filme antes de dar a vitória a Moonlight.
Mas confusão não ofuscou o sentimento de vitória do cineasta, que considera o reconhecimento de seu filme algo “inspirador”. “Eu ainda estou processando isso… mas é maravilhoso”, disse ele. “Se eu saísse do meu corpo e olhasse o que aconteceu, eu ficaria inspirado”.
“Acho que por um longo tempo certas narrativas, certas pessoas simplesmente não foram consideradas e para a Academia fazer este considerável gesto, ver através de todas essas barreiras ou supostas barreiras e apenas ver o filme, isso é notável”, acrescentou.
Chamando a situação de “imperfeita”, Jenkins admitiu que aceitou o prêmio da maneira que não esperava. No entanto, “algo precisa ser dito, era uma situação imperfeita e era uma declaração imperfeita que não saiu do jeito certo, mas as coisas são o que são”, finalizou.
Além do prêmio de melhor filme, Moonlight também venceu mais dois Oscars, de melhor ator coadjuvante e roteiro adaptado.
A PricewaterhouseCoopers, empresa responsável pela auditoria do Oscar, assumiu a culpa pela gafe histórica da premiação. Tudo aconteceu porque um funcionário da empresa entregou o envelope errado ao ator Warren Beatty, que dividia a apresentação do prêmio com Faye Dunaway.
O envelope deveria ter vindo com o nome do vencedor de melhor filme, Moonlight, mas ao invés disso Beatty recebeu um envelope já lido anteriormente, de melhor atriz para Emma Stone (por La La Land). Isso levou os apresentadores do prêmio a cometerem o erro de anunciar La La Land como melhor filme. Segundo um jornal, o funcionário da empresa estava distraído no Twitter instantes antes da entrega do envelope.
Mesmo assim, a própria Academia soltou um comunicando pedindo desculpas e afirmando que está investigando o ocorrido para tomar as “medidas apropriadas” no futuro – leia aqui.