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Autores de O Senhor dos Anéis e Harry Potter estão no meio de nova polêmica inusitada

J.K. Rowling tem gerado muita revolta nesses últimos tempos. A autora de Harry Potter fez alguns comentários transfóbicos nas redes e mantém sua postura após diversas críticas. Agora é J.R.R. Tolkien, o autor de O Senhor dos Anéis, que foi relacionado à Rowling em nova polêmica.

Tudo começou quando uma pessoa no Twitter disse que J.R.R. Tolkien se inspirou em J.K Rowling para escrever O Senhor dos Anéis. O livro de Tolkien foi publicado em 29 de julho de 1954. Já Harry Potter e a Pedra Filosofal foi publicado em 26 de junho de 1997.

A partir daí, muitos fãs começaram a dizer que Tolkien era racista, discussão que já ganhou força há algum tempo. O The One Ring, famoso portal sobre O Senhor dos Anéis, teceu comentários sobre isso.

“Tolkien está em discussão no Brasil, parcialmente por causa da falsa ideia de que O Senhor dos Anéis é uma história sobre brancos escandinavos. Isso é risível, no mínimo, uma bastardização de sua obra no máximo. Tolkien intencionalmente NUNCA DESCREVEU RAÇAS em O Senhor dos Anéis, o mais perto que ele chega disso é Aragorn ter pele mais escura”, tuitou O One Ring.

Outro fã chegou a citar uma carta de Tolkien à Universidade de Oxford.

“Tenho o ódio do apartheid em meus ossos; e, acima de tudo, detesto a segregação ou separação da Língua e da Literatura. Não me importa qual deles você acha que é branco”.

Em todo caso, parece que a polêmica vai continuar por algum tempo. Veja, abaixo, alguns dos tuítes dos fãs.

https://twitter.com/Venuslitz/status/1307092507101220876
https://twitter.com/AdlerBaggins/status/1307328299039887361

Livro controverso

Um novo livro escrito por J. K. Rowling, criadora de Harry Potter, mostra seu protagonista detetive particular, Cormoran Strike, investigando um assassino em série cis que se veste de mulher para matar suas vítimas cis femininas, de acordo com uma resenha inicial.

A primeira resenha de Troubled Blood o descreve como um “livro cuja moral parece ser: nunca confie em um homem em um vestido”.

De acordo com o Telegraph, a “essência” do romance de 900 páginas é uma investigação sobre um caso arquivado: o desaparecimento de uma mulher em 1974, supostamente vítima de um assassino em série cis cujo modus operandi é se vestir de mulher.

“É de se perguntar o que os críticos da postura de Rowling sobre as questões trans farão com o livro”, escreveu o crítico Jake Kerridge.

Rapidamente, Troubled Blood foi criticado nas redes sociais.

“É tão incrivelmente complicada toda a falta de originalidade e criatividade pela qual Rowling é famosa”, disse uma internauta no Twitter.

Outra pessoa disparou: “É impressionante como uma ideia fixa de ‘travesti assassino em série’ é um clichê dado como isso… nunca aconteceu?”

“Tipo, ao ponto onde a polícia russa notoriamente falhou em pegar uma assassina em série porque se convenceram de que estavam procurando um travesti.”

Troubled Blood é a quinta parte da saga de Cormoran Strike de Rowling, escrita sob o pseudônimo de Robert Galbraith. O segundo livro da série, O Bicho-da-Seda, foi criticado anteriormente por sua representação de uma personagem trans descrita como “instável e agressiva”.

No livro, a mulher, Pippa, espreita Strike antes de tentar esfaqueá-lo. Após o ataque, o detetive consegue prender Pippa em seu escritório, onde sua identidade trans e o nome de nascimento são revelados.

Nesse ponto, a autora de Harry Potter descreve o pomo-de-Adão e as mãos da personagem, com o detetive Strike avisando-a de que a prisão “não será divertida para você”.

A jornalista trans Katelyn Burns revisou a passagem em 2018, escrevendo: “É um clichê totalmente comum, embora insultuoso, sobre as mulheres trans – que elas são agressivas e incapazes de superar sua natureza masculina, sem falar que são vilãs – que se tornou muito comum com autores cis com apenas um conhecimento passageiro de pessoas trans.”

No cinema, J. K. Rowling segue como roteirista de Animais Fantásticos 3, do mundo de Harry Potter. O filme pode estrear nos cinemas em novembro de 2021.

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