Freddie Mercury faleceu em 1991, e deixou para trás um legado inegável para a comunidade artística e a cultura pop. Até hoje, os hits do cantor são ouvidos no mundo todo.
O cantor ganhou uma homenagem recente no filme Bohemian Rhapsody, no qual foi interpretado por Rami Malek, que ganhou o Oscar de Melhor Ator por sua performance.
Mesmo sendo considerado um dos melhores filmes de 2018, o filme vem sofrendo com censura em exibições na TV.
Confira abaixo o que aconteceu!
Censura conservadora
Uma emissora sul-coreana censurou algumas cenas de homens se beijando em Bohemian Rhapsody, cinebiografia do icônico cantor Freddie Mercury, conhecido por comandar a banda Queen.
Segundo o jornal Korean Herald, a Seoul Broadcasting System (SBS) cortou duas cenas de homens se beijando e chegou a embaçar momentos desse tipo no background de diversas partes do filme.
A emissora afirmou que não é o corte de cenas em exibições diurnas não são incomuns, já que crianças podem assistir aos programas.
“É um filme que a família toda pode assistir, e por causa disso nós trouxemos a versão com karaokê. Mas as cenas de beijo eram muito longas, e a censura não foi porque elas mostravam dois homens”, comentou um representante da emissora.
Segundo o porta-voz, até mesmo cenas de beijo entre homens e mulheres seriam cortadas.
“Se a cena em questão fosse entre um homem e mulher, seria cortada da mesma forma. Sempre fazemos isso em cenas ousadas ou que duram muito tempo, já que muita gente pode ficar desconfortável assistindo algo assim junto com a família”, comentou o representante.
Por outro lado, uma das mais importantes associações LGBTQ+ da Coreia do Sul deu outro nome à censura de Bohemian Rhapsody: homofobia.
“A censura de cenas que mostram minorias sexuais é nada mais nada menos do que censura, e mostra o ódio e a discriminação contra esses grupos”, comentou o grupo Rainbow Action.
A Coreia do Sul não é o primeiro país asiático a censurar a trama de Bohemian Rhapsody. A China chegou a cortar 6 minutos do filme para adequar o enredo à posição conservadora do governo.
“Produzimos um filme sobre um homem gay, imigrante, que viveu sua vida sem medo de ser quem era. Precisamos de histórias como essa”, afirmou Rami Malek em seu discurso de agradecimento ao Oscar de Melhor Ator.