Mark Millar comentou sobre a adaptação de sua saga em quadrinhos “Guerra Civil” e como ela poderia funcionar em Capitão América 3: Guerra Civil.
Em entrevista ao IGN, o quadrinista disse que a coisa mais importante é “essencialmente manter o Ato de Registro de super-heróis, mas que ele não tenha nada a ver com identidades secretas” – segundo rumores, a Marvel pretende seguir essa sugestão do autor, embora não de maneira fiel.
“Estranhamente as pessoas se ligam só nessa questão de identidades secretas. Quando eu estava escrevendo a HQ, eu pensava no fato de os heróis terem que expor suas identidades e viverem sob a legislação do governo. Eu até perguntei para a Marvel, ‘Quem tem identidade secreta?’, e eles responderam, ‘Ninguém’. Praticamente só o Homem-Aranha tinha. Até mesmo o Demolidor já tinha sua identidade revelada neste ponto. Então eu fiz a história ser sobre outra coisa”, relembrou.
Quanto ao conflito de Capitão América e Homem de Ferro, Millar deu sua versão sobre quem é o certo ou não na história.
“O que acontece é que Homem de Ferro sente que qualquer um que tenha um reator nuclear nas costas, ou coisa parecida, deve atuar sob o controle do governo de alguma forma. Segundo ele, os heróis devem trabalhar para o governo da mesma forma que os policiais trabalham. É uma questão sensível, quando você pensa a respeito, mas que faz todo o sentido. Você ganha uma licença e garante que o cara está limpo, que não tem um histórico criminoso ou algo similar. Já o Capitão América vem de tempos mais simples e ele acredita que os heróis devem ser autônomos e não devem se envolver com política. Existe um debate ideológico entre os dois e isso é tudo que importa. Guerra Civil é Homem de Ferro contra Capitão América e ambos estão corretos. No momento em que você tornar um deles vilão, a história perde força”.
Por fim, Mark Millar falou sobre a participação do Homem-Aranha, afirmando que não sente ser necessário que ele apareça sem a máscara – as últimas informações, no entanto, dão conta que o teioso ganhará destaque no filme.
“As pessoas ainda se lembram do momento em que ele revela sua identidade em rede nacional, porque foi uma boa sacada. É uma obra de 7 edições, com mais ou menos 150 páginas, e o Homem-Aranha aparece em 3 páginas, sendo em uma delas vagamente. Ele tem uma parte mínima na história. Para ser honesto, foi só uma forma de aumentar as vendas. Nós sentamos e pensamos, ‘O que dá para fazer com o Homem-Aranha em 3 páginas?’, daí fizemos aquilo e funcionou muito bem”.
Capitão América 3 será lançado em 14 de abril de 2016, inaugurando a Fase 3 da Marvel.
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O filme começa onde Vingadores: Era de Ultron parou, com Steve Rogers liderando a nova equipe dos Vingadores em seus esforços contínuos para proteger a humanidade. Depois que outro incidente internacional envolvendo os Vingadores causa danos colaterais, o aumento da pressão política resulta na instalação de um sistema de responsabilidade e um conselho governamental para determinar quando solicitar os serviços da equipe. O novo status quo fragmenta a equipe enquanto eles tentam proteger o mundo de um novo e nefasto vilão.
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O elenco traz Chris Evans como Capitão América, Robert Downey Jr como Homem de Ferro, Tom Holland como Homem-Aranha, Frank Grillo como o vilão Ossos Cruzados, Chadwick Boseman como Pantera Negra, Scarlett Johansson como Viúva Negra, Sebastian Stan como Soldado Invernal, Anthony Mackie como Falcão, Jeremy Renner como Gavião Arqueiro, Elizabeth Olsen como Feiticeira Escarlate, Daniel Brühl como Barão Zemo, Emily VanCamp como Agente 13, Don Cheadle como Jim Rhodes/Máquina de Combate, Paul Bettany como Visão, Paul Rudd como Homem-Formiga, William Hurt como General Ross e Martin Freeman.
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