Anos depois da Pixar apresentar personagens portadoras de deficiência em Procurando Nemo (com o personagem titular e Dory), ela introduziu outro personagem que muda a percepção das crianças acerca desse assunto, em Luca.
Na animação, somos apresentados a Massimo Marcovaldo, pai de Giulia. De imediato vemos que ele não tem um dos braços e a forma como isso é retratado no longa-metragem é bastante educativo.
Primeiro porque Luca não faz toda a vida do personagem girar em torno disso. De fato, o filme chega a lidar com essa questão poucas vezes e segue adiante, mostrando que Massimo mantém uma vida normal.
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“Vamos além dessas histórias trágicas, desses velhos clichês, onde alguém com deficiência só está em uma história se ela estiver centrada em sua deficiência. E vamos fazer o que temos feito com outras comunidades marginalizadas ao longo dos anos, e simplesmente dizer: ‘Olha, fazemos parte da sociedade'”, disse Jim LeBrecht ao The New York Times. Ele foi consultado pela Pixar para fazer o personagem de Luca.
Luca é educativo
Outro ponto importante é que Massimo não se deixa abalar por isso, ele, inclusive, faz brincadeira na primeira vez que é perguntado no filme sobre o fato de não ter um dos braços. Ele diz que foi devorado por um monstro marinho.
Depois disso, ele explica que nasceu sem o braço e Luca segue em diante, como deveria ser.
Ashley Eakin, escritora e diretora que nasceu com uma diferença de membros, disse à Respect Ability, “representatividade, especialmente para crianças, é tão importante porque às vezes o conteúdo é a primeira vez que eles são apresentados a pessoas com corpos diferentes. Se pudermos familiarizar as diferenças nos filmes e mostrar que uma variedade de personagens pode ter deficiências, teremos uma chance melhor de criar uma sociedade mais inclusiva e receptiva. A representação tem o poder de mudar tudo”.
Luca pode ser assistido no Disney+.
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