Em seu programa Real Time, o comediante e apresentador Bill Maher relacionou a vitória de Trump com os filmes de super-herói, que disseminariam a ideia de um “salvador da pátria”.
O comentário é feito em tom de sarcasmo e comédia – resta ao espectador interpretar da forma como lhe couber -, mas há claramente algum grau de crítica real na fala do humorista.
Maher aborda o crescente número de filmes baseados em super-heróis dos quadrinhos e algumas das táticas de marketing utilizadas por Trump para se enquadradar como uma espécie de herói da política: um outsider que chega de “outro planeta” para salvar a população.
“Eu sei que os conservadores acham que Holywood arruinou a América ao promover miscigenação racial, drogas e obscenidades estranhas. E eu concordo: essas coisas devem ser ensinadas em casa. Mas não foi assim Holywood que arruinou a América. Foi fazendo tudo com super-heróis”.
O apresentador então elenca a imensa quantidade de filmes e séries sobre super-heróis que têm dominado as audiências da TV e do cinema nos últimos anos.
“E se você me perguntar: qual é o problema? O problema é que filmes de super-heróis imprimem a ideia de que nós não somos donos do nosso próprio destino e o melhor que podemos fazer é sentar e esperar que o Senhor das Estrelas e um maldito guaxinim cheguem e salvem nossas bundas moles”.
“Nós só precisamos que um herói apareça. Então nós acendemos o bat-sinal para um homem que pode chegar e resolver todos os nossos problemas muito rapidamente. E foi assim que conseguimos nosso mais recente super-herói: o Esfíncter Laranja (Trump)”.
Veja abaixo (em inglês):