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Crítica | Attack On Titan: Fim do Mundo

Attack on Titan: Fim do Mundo chega aos cinemas brasileiros com a difícil missão de tentar emplacar o gênero no país. Raros são os live-actions baseados em animes que chegam aos cinemas brasileiros e, quando conseguem a façanha, são versões com nítido cunho estadunidense, como o acusado de ‘white washing’ Ghost in the Shell.

O filme é a continuação de Attack on Titan, primeiro live-action da franquia. O longa é bom, e pode funcionar sozinho, graças às recapitulações mostradas no início, mas infelizmente não deve agradar o grande público.

Não é uma questão, na verdade, do filme ser ruim. Attack on Titan: Fim do Mundo pode não ser fidedigno ao anime do qual veio para os fãs mais exigentes, já que toda obra de adaptação não escapa de reclamações, mas o longa se mantém fidedigno aos animes. A prova disso é a personagem Zoë Hange, vivida pela atriz Satomi Ishihara. Seus trejeitos exagerados e longos berros durante o filme ajudam a criar toda a atmosfera que que é completada pelo cenário distópico e roupas nitidamente pouco confortáveis e bastante características.

Dessa forma, o pensamento do filme se assemelha ao tratamento usado nos live-actions de Samurai X, que podem ser de maior conhecimento do púbico já que estiveram em cartaz no Brasil via Netflix. Aqueles que entenderem o intuito por conhecer os desenhos japoneses ou não se importarem tanto com a verossimilhança do filme conseguirá aproveitar ao máximo o que a obra tem para oferecer.

Por não ser um filme de alto orçamento como a os grandes blockbusters de ação, algumas cenas podem parecer um pouco fora de tom para o público em geral, mas nada que atrapalhe o degustar da obra. Os Titãs são muito bem feitos e o CGI que os envolve não estranham aos olhos. Algumas cenas de ação podem parecer um tanto forçadas graças ao uso de chroma key e o uso de cabos, mas isso só pode ser relevado por causa de seu orçamento. Quanto ao uso de cabos, os personagens realmente usam cabos para se içar na história, o que faz a cena ficar bastante real, além de ser uma solução muito interessante. O que o público pode, às vezes, se perguntar, é onde os cabos estão presos, já que muitas vezes, mesmo com o uso de jetpacks, fica difícil entender a movimentação de alguns personagens em certas alturas.

No geral, Attack on Titan: Fim do Mundo é uma boa continuação, sendo uma obra divertida com uma trama interessante e uma produção que, nitidamente, fez mais do que o melhor que podia. Ainda assim, o longa deve ficar preso ao seu próprio gênero, conseguindo agradar apenas um público específico.

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