É um tanto curioso imaginar que ainda estejam interessados em lançar produções da marca Diário de um Banana. Não dá para dizer que qualquer um dos filmes live-action lançados desde 2010 tenha feito grande sucesso ao ponto de insistirem tanto.
Foram quatro longas-metragens, sendo que o último foi Diário de um Banana: Caindo na Estrada (2017). Se juntarmos as bilheterias de todas as produções batemos na casa dos 265 milhões de dólares, tendo gasto 80 milhões de dólares com a produção de quatro filmes, ou seja, fez pouco mais que o triplo do gasto.
Sabendo que em Hollywood para fazer lucro é necessário, no mínimo, triplicar aquilo que investiu, parece não ter muita lógica termos mais um capítulo desta franquia. Porém, existe e veio através do reboot animado Diário de um Banana, que narra a vida de Greg Heffley, um garoto ambicioso de uma imaginação fértil com grandes planos para ser rico e famoso. O problema é que primeiro tem de sobreviver à escola secundária sem tentar passar tanto vexame junto de seu melhor amigo Rowley Jefferson.
Sobre assumir nossas responsabilidades
A primeira coisa que deve ser dita sobre Diário de um Banana, disponível na plataforma da Disney +, diz respeito à sua duração. Esta versão animada tem pouco mais de 50 minutos, portanto, está mais para um episódio de uma série do que um longa-metragem, se pararmos para analisar direito.
Sendo tão curto assim, fica fácil assumir que a narrativa não faça qualquer tipo de floreio e vá direto e reto ao ponto.
Na relação entre Greg e sua mãe Susan temos um material que ensina a prática de assumirmos nossas responsabilidades, algo que o garoto Banana não faz muito bem, honestamente. Pior que vemos a figura materna praticamente sozinha nessa luta por educar suas crias, pois seu pai Frank parece alheio a tudo relacionado a seus filhos.
Ser amigo
Agora, a ideia que permeia durante a maior porção da narrativa em Diário de um Banana da Disney + vem através da relação de amizade entre Greg e Rowley.
Ambos da mesma idade, estão prestes a iniciar a escola secundária, transição da infância para a adolescência, amedrontados com as novas perspectivas que vão surgir pelo caminho.
Rowley, visto por Greg como alguém muito infantil, mostra-se muito mais seguro e tranquilo que seu grande amigo, que mais só corrige e questiona-o toda hora, deixando Rowley ansioso, agindo com menos natualidade; enquanto Greg quer ser o figurão a qualquer custo, tentando evitar situações de todo tipo, mas sempre escorregando nas próprias escolhas, prejudicando a si, como também seu amigão de toda vida.
Obviamente, sentimentos foram machucados nesse período de mudança difícil para tantos jovens, contudo, se quisermos realmente fazer a diferença na vida, ficou muito claro por Diário de um Banana que é melhor nos preocuparmos mais ao lado de quem queremos fazer tal diferença, do que com quantos.