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Crítica | Dragon Ball Super: Broly

Mal virou o ano, e já nos encontramos com novas estreias no cinema. E, 2019 promete ser um ano cheio de emoções e surpresas aos frequentadores das grandes salas, com filmes para todos os gostos. Assim, a partir de hoje é possível conferir o mais recente longa de animação baseado na série de mangás e anime Dragon Ball.

Dragon Ball Super Broly é o vigésimo longa da série de animação, sendo o primeiro a carregar a marca Super, e o terceiro pessoalmente supervisionado pelo criador Akira Toriyama, também roteirista, neste filme dirigido por Tatsuya Nagamine.

Dragon Ball Super Broly sai-se melhor que seu antecessor O Renascimento de Freeza, mas é muito menos surpreendente que o primeiro dos longas desta nova retomada, A Batalha dos Deuses, que introduziu personagens novos e marcantes, como Bills e Whis.

O longa animado de Tatsuya Nagamine continua a contar as aventuras e duras batalhas de Goku, que ao lado de Vegeta, se recusa a parar de treinar, mesmo quando o planeta Terra se encontra num período de paz e calmaria, pois acredita que sempre é melhor estar preparado quando uma nova ameaça surgir, e esta nova ameaça tem nome, chama-se Broly, um poderoso saiyajin que foi exilado à um planeta remoto pelo próprio rei Vegeta. Agora, Goku e Vegeta conhecerão a fúria de Broly.

Nessa retomada, não apenas com a benção, mas com o envolvimento de Akira Toriyama, existem momentos de destaque positivo, mas também alguns pontos baixos, tanto na série de anime como nos filmes. Dentre os longas, curiosamente o de maiores acertos é o único que não tem roteiro de Toriyama, apesar de ser o criador da história do filme, no caso, A Batalha dos Deuses.

O primeiro longa desta nova fase de Dragon Ball consegue duas proezas: primeiro, trazer algo de novo e fresco à história de Goku e seus amigos; e segundo, conseguir manter os elementos que transformaram a série animada em uma das maiores sensações televisivas das últimas décadas, especialmente no mundo dos desenhos animados japoneses. Desta maneira, o longa seguinte O Renascimento de Freeza acabou por parecer mais como um prato requentado no dia seguinte, pois era mais do mesmo à segunda potência.

Se levarmos em consideração a série Dragon Ball Z, que acontece cronologicamente antes do encontro entre Goku e Bills, terminada em uma nota alta com a saga de Majin Boo. Instigante imaginar o que motivou Toriyama a ressuscitar o ainda mais flamboyant Freeza, seja nos filmes ou em Dragon Ball Super. É sabido pelos fãs, que no universo de Dragon Ball, Freeza sempre foi considerado o maior soberano galáctico, assim, o mais temido. Porém, ao termos antagonistas mais ameaçadores e imprevisíveis, como Cell e Boo, respectivamente, não é estranho imaginar o motivo do segundo filme ter ficado abaixo da média como foi o caso. Ainda mais, com um roteiro tão “trapaceiro”, que ironicamente têm lutas, mas faltam reais conflitos.

Graciosamente, Dragon Ball Super Broly sobe a nota, um pouco! Se em sua primeira parte, falta alguma dinâmica e a trama fica um pouco arrastada demais, o que inclui a reconstituição da destruição do planeta Vegeta pela enésima vez. Mas, a partir do momento que acontecem os embates entre Goku e Vegeta contra o furioso Broly, o longa animado de Tatsuya Nagamine decola. E, certamente será um deleite para os fãs de carteirinha, e ainda conseguirá entreter aos que não são conhecedores deste universo de Dragon Ball, pois há bom cinema de ação nas partes de lutas.

Neste quesito, mais do que louvar o sempre carismático e inspirador Goku, vale elevar a construção feita para o “antagonista” Broly, o guerreiro mais colossalmente selvagem criado por Toriyama. Não é apenas pela altura e tamanho dos músculos, Broly soa, pois urra como um animal, como uma real ameaça, qualidade essencial para estabelecer conflito. Fácil notar também que ainda faltam algumas particularidades que consigam alçar Broly como um personagem mais complexo. Porém, é deixado espaço para que isto seja desenvolvido se for o caso, pois há muito de especulação ao seu redor, ainda mais ao refletirmos sobre o tipo de treino que teve com a “ajuda” de seu pai, Paragus.

Isto, é Dragon Ball Super Broly: mais do mesmo, porém, ainda capaz de arrepiar o emocional dos que se apaixonaram pelas histórias e batalhas de Goku e companhia.

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