Uma corte canadense decidiu não retirar o nome do estúdio Walt Disney de um processo que acusa a empresa como co-conspiradora no encobertamento do assédio sexual perpetuado por Harvey Weinstein.
Uma modelo canadense, cujo nome não é identificado no processo, entrou com processo em novembro – no ano de 2000, quando os incidentes de assédio relatados por ela teriam acontecido, a Disney era proprietária da Miramax, estúdio comandado por Weinstein.
A Disney tentou se defender dizendo que o produtor tinha “autonomia plena” no exercício de comando da Miramax, e que o estúdio não se envolvia com qualquer assunto não-financeiro da empresa.
Pós-Weinstein, sindicato de atores proíbe testes de elenco em quartos de hotel
O estúdio ainda usou três contratos antigos de Weinstein como evidências dessa autonomia, mas eles foram mantidos sob sigilo pela corte canadense. Na terça (10), a juiza Tamara Sugunasiri tomou decisão contra a Disney.
“A Disney não fez o bastante para provar para a nossa Corte Suprema do Canadá que não está envolvida nesse caso. O público pode ter acesso a qualquer material do processo referente a essa decisão”, disse.
Com o veredicto, o processo da modelo canadense segue em trâmite, com a Disney potencialmente responsabilizada pelos atos de Weinstein, acusado por mais de 60 outras mulheres de assédio sexual.