O aguardado Alien: Romulus, mais recente capítulo da icônica franquia de terror e ficção científica, finalmente chega ao streaming. Situado entre os eventos de Alien, o Oitavo Passageiro (1979) e Aliens, O Resgate (1986), o filme não apenas respeita as raízes da série como também expande seu universo, explorando novos personagens e situações.
Com orçamento de US$ 80 milhões, Alien: Romulus superou expectativas dos fãs e da crítica especializada, arrecadando US$ 350,9 milhões globalmente. Apesar de trabalhar com um valor consideravelmente menor que produções anteriores da série, como Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017), o filme entregou uma experiência visual e narrativa à altura.
Um dos maiores acertos de Alien: Romulus está em seu retorno à atmosfera claustrofóbica e ao terror psicológico que fizeram do primeiro filme um clássico. A produção captura a essência retrofuturista original, com computadores de teclados mecânicos e monitores monocromáticos, remetendo ao futuro imaginado no final dos anos 1970. Essa estética não apenas homenageia o clássico de Ridley Scott, mas também reforça a sensação de isolamento e desespero enfrentada pelos personagens.
A trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que, ao investigar uma estação abandonada, se deparam com uma forma de vida mortal, desencadeando uma luta pela sobrevivência, muito semelhante ao que acontece no filme original que deu inicio à franquia.
Alien: Romulus se desenrola em 2142, vinte anos após os eventos de O Oitavo Passageiro. O grupo de colonizadores descobre a Estação Espacial Renaissance, repleta de experimentos biotecnológicos conduzidos pela megacorporação Weyland-Yutani. O local, com seu visual de ruína e tecnologia decadente, reflete os dilemas éticos e morais da humanidade na exploração espacial, enquanto o confronto com os mortais xenomorfos acrescenta o terror visceral que os fãs esperam.
Elenco de destaque e produção de peso
O elenco traz novos talentos, incluindo Cailee Spaeny, Isabela Merced e Archie Renaux, que se destacam ao dar vida a personagens complexos e desesperados. A produção tem a assinatura de Ridley Scott, que retorna como produtor, garantindo que o legado da franquia seja preservado. O roteiro, co-escrito por Fede Álvarez, combina ação intensa com momentos de reflexão, equilibrando bem o novo e o familiar.
A direção de Álvarez é outro ponto alto, trazendo à tona sequências de ação impactantes, como a luta em gravidade zero e o uso do ácido mortal dos xenomorfos. Além disso, o diretor resgata elementos icônicos da franquia, como o nascimento monstruoso dos alienígenas, mas atualiza a abordagem para um público moderno, sem perder o impacto visual e narrativo.
Alien: Romulus também se destaca por ampliar o universo da franquia. A Estação Renaissance, com módulos batizados de Rômulo e Remo, simboliza tanto o apogeu quanto a decadência da civilização humana, enquanto os experimentos biotecnológicos sugerem um futuro sombrio para as colônias espaciais. Além disso, a recriação digital de Ian Holm como o sintético Ash conecta diretamente o filme ao clássico de 1979, evocando uma sensação de continuidade que agrada aos fãs mais antigos.
Com sua estreia no Disney+, Alien: Romulus promete alcançar um público ainda maior, tanto os fãs nostálgicos quanto uma nova geração de espectadores. A produção equilibra homenagens à franquia original com uma abordagem contemporânea, tornando-se um marco que revitaliza a série e abre caminho para futuras explorações no universo de Alien.
O filme está disponível no Disney+.