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Explicamos o eletrizante final de Fuja, da Netflix

Contém spoilers!

O filme de terror e suspense da Netflix, Fuja, é um sucesso graças aos momentos de “piscar e perder”, às atuações enervantes de Sarah Paulson e Kiera Allen e um final inesperado.

Se você ainda não viu, mas na verdade só quer os spoilers, eis o que você precisa saber: Chloe (Allen), que está paralisada da cintura para baixo, aos poucos descobre que sua mãe pode ser a razão de sua deficiência.

Diane (Paulson) é uma personagem sinistra que não para por nada para continuar a deixar sua filha doente, dando a ela pílulas verdes não identificadas que revelaram ser relaxantes musculares caninos, escondendo suas cartas de admissão na faculdade e eventualmente prendendo Chloe em um porão quando começa a questionar as motivações de sua mãe.

O final com reviravolta de Fuja

Enquanto Chloe embarca em sua jornada para descobrir seu passado e as más intenções de sua mãe, visitando uma farmácia para descobrir sobre seus comprimidos, sinalizando para um carteiro e até mesmo bebendo veneno para forçar sua mãe a levá-la ao hospital, Diane luta com força total.

Diane injeta sedativos em Chloe, a prende e acorrenta sua cadeira de rodas, mata o carteiro e a sequestra do hospital. Depois, há a grande revelação: Chloe encontra papéis que mostram que a filha biológica de Diane morreu poucas horas após o nascimento.

Na verdade, Chloe foi roubada do hospital quando era bebê, e as fotos mostram que ela podia andar quando criança. Chloe é vítima do transtorno factício de Diane imposto a outra pessoa, também conhecido como síndrome de Münchhausen por procuração.

Quando Chloe finalmente escapa das garras de Diane, sua mãe cai de um lance gigante de escadas.

A trama de Fuja avança para sete anos no futuro. Chloe agora pode andar com o auxílio de uma bengala, saindo da cadeira de rodas com moderação. Ela visita regularmente Diane na enfermaria da prisão. Diane está acamada e, a princípio, parece que Chloe está cuidando dela.

Ela a chama de “mãe” e conta a Diane sobre sua vida feliz: ela é casada, tem um filho e iniciou uma aventura emocionante desenvolvendo próteses infantis.

Mas rapidamente descobrimos que essa não é uma história doce de perdão: Chloe pega os mesmos relaxantes musculares caninos verdes que costumava usar nela e impõe a Diane: “Eu te amo, mãe. Agora, abra bem a boca.”

Diane agora é vítima de Chloe, e isso se torna uma história de vingança. Com esta última cena, Chloe não é nem santa nem mártir, ela está simplesmente exigindo de Diane o mesmo tratamento que recebeu em toda a sua infância, o que terá repercussões para toda a vida.

Como tantos filmes tentariam pintar isso como uma história para aprender ou inspirar, este filme não cai em estereótipos ou quase inspiração. Chloe foi profundamente injustiçada pela mulher que ela via como mãe, e provavelmente se sente justificada em puni-la.

Além disso, este filme também faz um comentário claro sobre a natureza cíclica do abuso e do trauma.

Paulson falou sobre isso em um episódio de Collider Ladies Night, falando sobre como a própria Diane foi vítima de abuso e negligência por sua própria mãe, e como seu comportamento com Chloe é “um tanto distorcido, mas inicialmente valente e provavelmente um puro esforço para fazer exatamente a mesma coisa que nunca foi feita por ela, que foi dar o máximo cuidado e atenção à sua filha”.

Ela continuou, descrevendo como Diane “precisa viver em algum tipo de reclusão e todo o sigilo, isso está relacionado a ter levado uma filha que biologicamente não era dela. Mas o que ela fez com Chloe, acho que ela teria feito se a criança fosse dela.”

Em suma, o final de Fuja é inerentemente polarizador, mas sua reviravolta final pretende ser instigante em direção à ideia de justiça e levar a discussões cruciais sobre abuso e deficiência.

No Brasil, Fuja está agora disponível na Netflix.

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