A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood foi criada em 1927, por uma ideia de Louis B. Mayer, para incentivar as produções cinematográficas em seus aspectos técnicos-artísticos, em que as primeiras premiações foram entregues em 1929 e, nessa época, os jornais recebiam com antecedência quem seriam os premiados pra divulgarem na noite da premiação. Quem vota nos candidatos à premiação são profissionais envolvidos na sétima arte, como atores, produtores, diretores, fotógrafos, montadores e roteiristas e a festa dos premiados acontece uma vez por ano, em que vinte e quatro categorias saem vencedores, nas categorias de filme, atriz, ator, diretor, fotografia, roteiro, maquiagem e figurino entre outros.
E assim muitas boas produções foram premiadas, muitos merecidos e, outros, nem tanto, atrizes e atores – realmente – bons e, outros nem tanto, alguns como a atriz Meryl Streep (como não amar?) onde já foi indicada 19 vezes, sendo premiada 3 vezes e que ninguém mais dúvida do seu grande talento, outras como Halle Berry que foi a primeira atriz negra a ganhar o Oscar de melhor atriz pelo filme A Última Ceia e nunca mais concorreu a nenhuma grande premiação e, após a consagração, fazendo papéis com pouco destaque, recebeu o prêmio de pior atriz por Mulher-Gato, no Framboesa de Ouro, premiação que brinca com as produções de gosto duvidoso do ano.
Tem os casos dos grandes artistas que nunca ganharam a estatueta como os atores Leonardo de Caprio, Liam Neeson, Julianne Moore, John Malkovitch, Ralph Fiennes, Samuel L. Jackson e Glen Close que já foi indicada 6 vezes sem nunca ter ganhado. Alguns grandes filmes não conseguiram ganhar a premiação como os ótimos Um Sonho de Liberdade, Pulp Fiction, Doutor Jivago, Laranja Mecânica, Os Bons Companheiros e Bastardos Inglórios. Os diretores Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick e Charles Chaplin nunca foram agraciados pelo carequinha chamado Oscar. Alguns atores tiveram o glamour de ser indicado e, até ganhado, em certos casos e, depois, nunca mais fazendo um trabalho de grande relevância, a exemplo de Whoopi Goldberg, Kim Basinger, Louise Fletcher e Adrien Brody e, todos nós nos lembramos de quando a nossa Fernanda Montenegro, em Central do Brasil, perdeu para uma insonsa Gwyneth Paltrow, em Shakespeare Apaixonado, que está no mesmo caso citado.
Neste ano muito bons trabalhos ficaram sem ser reconhecidos pela Academia como Amy Adams em Grandes Olhos, Jennifer Aniston em Cake e Jake Gyllenhaal em O Abutre e, sendo um ano de incertezas na premiação, tendo a grande certeza mesmo só a estatueta para Juliane Moore (Para Sempre Alice), pois se dessa vez ela não levar pra casa nunca mais levará, mais seria muito bom se Michael Keaton (Birdman) tirasse a estatueta de Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo) que está infinitamente melhor, pois seria o ressurgimento da carreira do ator (ou não).
Enfim, o Oscar é isso, uma festa. Vale a pena? Nem sempre. Pois bons trabalhos ficam para a eternidade mesmo sem ter ganhado um bonequinho dourado chamado Oscar.
Vavá P.