Com a direção da cineasta alemã Vanessa Jopp, o filme Em Uma Ilha Bem Distante optou por utilizar as deslumbrantes paisagens da Croácia como cenário, proporcionando uma escapada do comum e oferecendo uma visão refrescante de como é possível reinventar a vida mesmo após os 40 anos.
Zeynap Altin (Naomi Krauss) atinge seu limite. No trabalho, ela se vê praticamente sozinha, sem receber o devido reconhecimento de sua família e sendo tomada como garantida por todos ao seu redor.
A gota d’água de sua exaustão emocional foi a cena dolorosa no funeral de sua mãe. O agente funerário, em um gesto desrespeitoso, vestiu a mãe de Zeynap com um terno masculino, ignorando completamente o desejo da falecida de ser enterrada usando seu vestido favorito.
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Esgotada e desiludida, Zeynap decide que já chega. Ela não quer mais continuar dessa maneira e decide fugir de Munique, buscando refúgio em uma ilha croata, onde sua mãe havia secretamente comprado uma casa há muitos anos. Para Zeynap, essa casa representa a esperança de encontrar paz e relaxamento.
No entanto, sua busca por tranquilidade é interrompida pelo inesperado retorno do ex-proprietário da casa, Josip (Goran Bogdan). Determinado a reaver o que um dia foi seu, Josip continua a fazer travessuras na propriedade, desafiando os planos de Zeynap de encontrar seu tão desejado refúgio.
Assim, Zeynap se vê envolvida em uma batalha entre o desejo de escapar das pressões da vida cotidiana e a realidade imprevisível que a aguarda na ilha croata. Enquanto ela tenta se adaptar a essa nova realidade, ela também descobre que a paz verdadeira pode estar mais próxima do que ela jamais imaginou, mesmo em meio aos obstáculos e à presença persistente de Josip.
Vale a pena assistir Em Uma Ilha Bem Distante?
Com um enredo leve e divertido embalado por paisagens deslumbrantes, a comédia romântica da Netflix conquistar não apenas os aficionados pelo gênero, mas também aqueles que nem sempre se consideram fãs. Em Em Uma Ilha Bem Distante, somos convidados a acompanhar a jornada de redescoberta de uma mulher madura, que percebe que a vida está longe de acabar após os 40 anos e que sempre existe uma oportunidade para começar de novo.
Um aspecto notável é a evolução do personagem de Zeynep, ou mais precisamente, sua desconstrução a partir da imagem que temos dela nos primeiros minutos do filme. Em um curto espaço de tempo, porém de maneira eficaz, o filme a transforma em uma personagem facilmente identificável, permitindo-nos compreender as razões por trás de suas decisões. Da mesma forma, toda a jornada da protagonista em busca de autonomia para tomar suas próprias decisões, seja errando ou acertando, é ricamente recompensada no desfecho da história.
Com situações hilárias e personagens encantadores, o filme nos leva a uma aventura repleta de risadas e momentos memoráveis. Enquanto a protagonista embarca em uma viagem rumo à autodescoberta em uma ilha paradisíaca na Croácia.
Em Uma Ilha Bem Distante nos lembra que a idade é apenas um número e que cada novo dia traz consigo a oportunidade de reinventar-se e encontrar a felicidade onde menos esperamos.
A atuação de Krauss no papel principal apresenta corpos e peles reais, sem tentar glamourizar o que é natural. O filme não se propõe a ser uma obra intelectual complexa, mas sim uma fonte de reflexão, como aquele abraço reconfortante de um “comfort movie”.
Embora não seja um “filme cabeça”, Em Uma Ilha Bem Distante ainda consegue provocar reflexões sobre a vida, o amor e a busca pela felicidade.
Pode ser mais do que apenas um filme, é um lembrete amoroso de que a verdadeira beleza reside na aceitação de nós mesmos e na busca pela autenticidade em um mundo que muitas vezes nos pressiona a sermos algo que não somos.
Você encontra o filme Em Uma Ilha Bem Distante na Netflix. Veja o trailer:
