A Paramount não terá que enfrentar um processo que acusa o estúdio de abuso sexual por causa de uma cena de nudez de menores de idade na adaptação de Romeu e Julieta, de 1968.
A juíza do Tribunal Superior de Los Angeles, Alison Mackenzie, sinalizou na quinta-feira que rejeitará o processo, considerando que as alegações de que o filme retrata atos sexuais são uma “descaracterização grosseira” da cena.
Ela disse em uma decisão provisória que as reivindicações “surgem de atividade protegida” sob a Primeira Emenda.
Entenda o caso de Romeu e Julieta
Os atores Olivia Hussey e Leonard Whiting, de 16 e 17 anos, respectivamente, quando o filme foi rodado, estrelaram o filme dirigido por Franco Zeffirelli.
O processo de US$ 500 milhões, que foi movido sob uma lei da Califórnia que suspende a janela para apresentar uma queixa por agressão sexual infantil, gira em torno de uma cena no quarto que mostra brevemente as nádegas de Whiting e os seios nus de Hussey.
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Os atores acusaram Zeffirelli de pressioná-los a realizar cenas de nudez, apesar de terem dito anteriormente que eles usariam roupas íntimas cor de pele na filmagem. Eles teriam sido informados por Zeffirelli “que deveriam atuar nus ou o filme falharia” e que “nunca mais trabalhariam em qualquer profissão, muito menos em Hollywood”.
O processo afirma que a Paramount lucrou com a suposta exploração e assédio sexual.
A juíza ficou do lado da Paramount, achando que a cena não é “suficientemente sugestiva sexualmente”. Ela citou jurisprudência concluindo que nem todas as fotos nuas de crianças são pornografia infantil, apenas imagens contendo “exposição lasciva dos genitais ou da região púbica”.
Os atores pretendem apelar contra a decisão, apresentando outra queixa no tribunal federal da Califórnia para incluir alegações de que a Paramount continua a lucrar com o filme depois de relançá-lo em fevereiro de 2023.
