Quando a produção de Jungle Cruise foi anunciada, em meados de 2015, muita gente concluiu que o longa tentaria seguir o exemplo de outro grande sucesso da Disney: Piratas do Caribe. Agora, com o lançamento oficial do filme, espectadores e especialistas encontraram semelhanças com outra clássica franquia de aventura: A Múmia.
Lançado em 1999, uma época em que o sarcasmo e o futurismo cínico dominavam as bilheterias, A Múmia representou a contra-programação perfeita. O longa fez grande sucesso ao combinar os clichês de uma era há muito esquecida de Hollywood, com gráficos da modernidade e muita diversão.
Brendan Fraser, no auge de sua fama, interpreta Rick O’Connell, um aventureiro que se junta à estudiosa Evelyn Carnahan (vivida por Rachel Weisz) em uma jornada em busca da cidade perdida de Hamunaptra.
Duas décadas depois, a Disney utilizou elementos parecidos para construir a trama de Jungle Cruise – o que acabou representando resultados variados. Veja abaixo o que a análise do site CBR tem a dizer sobre essas semelhanças.
Jungle Cruise e A Múmia
O trio de personagens principais de Jungle Cruise representa basicamente os arquétipos utilizados em A Múmia. Frank Wolff, o personagem de Dwayne Johnson, corresponde a Rick O’Connell. A cientista Lily Houghton, vivida por Emily Blunt, se assemelha com Evelyn.
MacGregor, interpretado por Jack Whitehall, desempenha o mesmo papel de Jonathan Carnahan, o divertido irmão de Evelyn.
A Múmia e Jungle Cruise são ambientados basicamente na mesma época (com uma década de diferença entre a linha do tempo), mas se inspiram em histórias ainda mais antigas.
A franquia protagonizada por Brendan Fraser e Rachel Weisz é ambientada em 1926, enquanto a trama de Jungle Cruise começa em 1916.
Os dois filmes contam com sequências de ação praticamente idênticas, que envolvem fugas de bibliotecas. Nos dois longas, um herói durão e uma heroína inteligente começam discutindo, mas terminam se apaixonando.
Segundo o CBR, A Múmia é bem melhor que Jungle Cruise, graças à química inegável de Fraser e Weisz e o fato do filme ser inspirado na mitologia egípcia (e em um sucesso de 1932), não apenas em uma atração de parque de diversões.
Emily Blunt conta com uma performance sólida, mas Dwayne Johnson não consegue fazer do papel sua propriedade, como fez Fraser na franquia A Múmia.
Mesmo assim, Jungle Cruise melhora alguns elementos importantes da história. Uma reviravolta inteligente coloca a população indígena no centro da história, e MacGregor admite sua natureza queer, algo que não chegou nem perto de acontecer na outra franquia.
A Disney pode até ter se inspirado em A Múmia para criar a trama de Jungle Cruise, mas não se esqueceu de analisar o que funcionou nos primeiros filmes dos Piratas do Caribe.
Assim como a saga protagonizada por Johnny Depp, Jungle Cruise conta com diversas sequências de ação em barcos, além de muita gente se balançando em cordas e protagonizando façanhas impressionantes.
A nova adaptação cinematográfica da Disney representa um filme divertido e interessante, que pode ser assistido pela família toda – recheados de personagens com arquétipos conhecidos, um tom bastante simples e uma boa dose de realismo fantástico.
Apenas o tempo dirá se Jungle Cruise terá a mesma sorte de A Múmia ou Piratas do Caribe, podendo produzir mais sequências ou até mesmo um universo compartilhado.
Jungle Cruise está em cartaz nos cinemas brasileiros e disponível no Disney+.
Clique aqui para assinar o Disney+ e assistir ao filme Jungle Cruise.