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MCU já tem novo substituto para Thanos

Ser misterioso assume papel do titã louco, ampliando possibilidades narrativas.

MCU já tem novo substituto para Thanos

O Universo Cinematográfico da Marvel mudou radicalmente desde sua origem, deixando para trás uma época em que as ameaças eram mais simples e diretas. Ao longo dos anos, as tramas se aprofundaram, revelando dimensões místicas, realidades alternativas e conceitos cada vez mais abstratos, preparando o terreno para histórias menos convencionais.

Com essa expansão, o papel dos grandes antagonistas também precisou evoluir. A figura de um vilão simplesmente poderoso e tirânico já não era o bastante. A Marvel passou a introduzir elementos espirituais, magia e planos cósmicos para criar conflitos mais complexos. Foi nesse contexto que a influência de personagens como Thanos pôde ser redistribuída, ajustando o equilíbrio entre o que veio antes e o que ainda está por vir.

A posição que Thanos ocupava, ligada no material original dos quadrinhos a um relacionamento intenso com a própria entidade da Morte, não encontrou espaço nos primeiros anos do MCU. Naquela fase, as histórias eram mais pé no chão, sem espaço para abordagens tão místicas. Por isso, a Marvel adaptou suas motivações, transformando o Titã em alguém mais “pragmático”, com um objetivo “lógico” de restaurar equilíbrio ao universo, ainda que por meios cruéis.

Com a chegada de narrativas como WandaVision e outras produções que ampliaram a presença da feitiçaria e do sobrenatural, o cenário se tornou fértil para a introdução do lado místico dos quadrinhos. Assim, o elo entre vilões e forças metafísicas, antes invisível, pôde se manifestar de outras maneiras. Isso inclui o papel que a Morte exercia na psiquê de Thanos, agora potencialmente associado a outra figura já estabelecida no MCU.

Um novo herdeiro do legado metafísico

Ao invés de seguir a linha original e colocar Thanos como um adorador apaixonado da Morte, o MCU optou por atribuir essa conexão espiritual a outro personagem. Dessa forma, preservou-se o potencial dramático da ideia, mas sem depender do Titã louco, cujo arco já havia sido encerrado em Vingadores: Ultimato.

Com a expansão do lado místico, a Marvel encontrou em uma personagem envolvida com bruxaria e segredos arcanos uma nova ponte para explorar as nuances desse vínculo com a Morte. Essa substituição permite contar histórias repletas de dilemas sobrenaturais, sem a necessidade de reabrir a trama de Thanos ou reverter seu desfecho.

A diferença é que, agora, o relacionamento com a Morte não precisa ser unilateral, nem motivado apenas pela obsessão. A nova abordagem permite relações mais complexas, em que a Morte não apenas é objeto de fascínio, mas também um agente ativo, capaz de influenciar decisões e definir destinos. Isso pode levar a disputas menos previsíveis, aproximando o MCU de algumas das tramas mais elaboradas dos quadrinhos.

Num futuro próximo, a Marvel poderá mostrar que nem mesmo as maiores ameaças são fixas. Antigos vilões podem retornar, mas de maneiras diferentes, ou podem ser substituídos por outros personagens, tão ou mais perigosos.

À medida que novos projetos se aproximam, a tendência é que a dimensão cósmica e metafísica ganhe cada vez mais espaço. Produções envolvendo caçadores de vampiros, equipes sobrenaturais e outros seres arcanos reforçam a ideia de que o MCU está pronto para lidar com a Morte em todo seu potencial.

Em constante reinvenção, o MCU parte agora em uma direção onde o conflito ultrapassa a mera violência física, atingindo o cerne místico e moral de seus personagens.

Todas a produções do MCU estão disponíveis do Disney+.

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