O ator Michael Cera revelou em entrevista ao The Guardian que sofreu uma crise profissional aos 19 anos, depois que sua carreira explodiu graças aos lançamentos de Juno e do sucesso de bilheteria Superbad.
“Eu não sabia como lidar com andar na rua”, disse Cera, hoje com 35. “A fama te deixa muito desconfortável consigo mesmo, e te deixa paranóico e esquisito. Havia muitas coisas boas sobre isso e conheci muitas pessoas incríveis, mas também havia muitas energias ruins, algumas das quais eu não estava preparado para lidar”.
Cera citou pessoas bêbadas como um clássico exemplo de como a fama se tornou desconfortável para ele lidar.
“Sabe, se as pessoas estão bêbadas, reconhecem você e ficam muito entusiasmadas, mas isso também pode ser meio tóxico”, disse Cera. “Quando você é criança, as pessoas também sentem que podem agarrá-lo – elas não respeitam você ou seu espaço físico. Eu não sabia como estabelecer respeitosamente meus próprios limites. Foi como uma sensação de queimação o tempo todo, como se todos focados em mim. Foi um erro”.
Ele continuou: “Houve um tempo em que eu queria parar de aceitar empregos que me tornariam mais famosos”, continuou ele, observando que rejeitou uma oferta para apresentar o “Saturday Night Live”, para grande decepção de seus agentes. “Eu estava passando por uma crise. Eu realmente não estava gostando do nível de pressão. Eu, de verdade, não sabia se ia continuar atuando”, concluiu.
Embora duvidasse de sua carreira como ator, Cera já havia sido contratado na época para liderar a adaptação ao cinema de Scott Pilgrim, de Edgar Wright, e não queria desistir disso. O filme depois se tornou um clássico cult.
O próximo papel de Michael Cera é no filme Barbie, que estreia nesta quinta-feira (20) nos cinemas.