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Missão Impossível 7 assustou o presidente Biden, mas a verdade é mais assustadora

Presidente dos EUA busca regulamentar IA após ver o filme com Tom Cruise

Tom Cruise e Haley Atwell em cena de ação de Missão Impossível 7
Tom Cruise e Haley Atwell em cena de ação de Missão Impossível 7

Missão: Impossível: Acerto de Contas – Parte 1 colocou medo no presidente dos EUA. Joe Biden assinou uma ordem executiva para assegurar o uso e desenvolvimento seguro da inteligência artificial após ver o filme. A realidade pode não ser tão imediatamente assustadora, mas podemos chegar a um ponto aterrorizante.

Em Missão: Impossível: Acerto de Contas – Parte 1, Ethan Hunt e seu time embarcam na missão mais perigosa da franquia: rastrear uma aterrorizante nova arma – uma inteligência artificial avançada capaz de se infiltrar em qualquer sistema de inteligência – e impedir que ela caia em mãos erradas.

Christopher McQuarrie assina o roteiro e a direção de Acerto de Contas – Parte 1 e da vindoura Parte 2, repetindo assim a parceria de sucesso com Tom Cruise.

O elenco tem ainda os nomes de Hayley Atwell (Agente Carter), Pom Klementieff (Guardiões da Galáxia), Shea Whigham (Agente Carter) e o retorno de Vanessa Kirby.

Continue lendo para saber mais sobre o perigo da inteligência artificial na vida real e se pode acontecer como em Missão Impossível 7.

Ethan Hunt e Ilsa em Missão Impossível 7
Ethan Hunt e Ilsa em Missão Impossível 7

Medo da inteligência artificial é real

Missão Impossível 7 foi tão convincente em sua apresentação dos perigos da inteligência artificial, que assustou o presidente dos EUA, Joe Biden.

De acordo com a The Associated Press, Bruce Reed, vice-chefe de gabinete da Casa Branca, assistiu a Acerto de Contas durante um retiro de fim de semana com o presidente, que ficou assombrado com a ameaça muito real da IA que ele viu no filme.

“Se ele já não estava preocupado com o que poderia dar errado com a IA antes do filme, ele viu muito mais motivos para se preocupar”, disse Reed à AP.

É claro que o longa-metragem não é o primeiro filme a examinar os perigos da IA. Entre os mais notáveis está o computador autoconsciente HAL 9000, que está no centro do clássico de 1968 do diretor Stanley Kubrick, 2001: Uma Odisseia no Espaço.

Depois, a partir de 1984, o diretor-escritor James Cameron deu uma visão arrepiante das consequências da ascensão da Skynet, movida a IA, que erradicou a população humana da Terra, em sua franquia de filmes O Exterminador do Futuro.

Quase 40 anos após o lançamento do primeiro filme de O Exterminador do Futuro, os perigos da IA ainda estão sendo abordados no cinema, talvez mais agora do que nunca.

E embora o presidente Joe Biden tenha observado que o uso da IA não é de todo ruim, ele disse que medidas importantes devem ser tomadas para evitar seus perigos antes que as coisas saiam do controle. Por isso, Biden assinou sua “Ordem Executiva sobre o desenvolvimento e uso seguro, protegido e confiável da inteligência artificial” em 30 de outubro.

“A Inteligência Artificial deve ser segura”, escreveu o presidente em sua Ordem Executiva. “Para atingir essa meta, são necessárias avaliações robustas, confiáveis, repetíveis e padronizadas dos sistemas de IA, bem como políticas, instituições e, conforme apropriado, outros mecanismos para testar, compreender e atenuar os riscos desses sistemas antes de serem colocados em uso. Também é necessário abordar os riscos de segurança mais urgentes dos sistemas de IA – inclusive com relação à biotecnologia, à segurança cibernética, à infraestrutura essencial e a outros perigos para a segurança nacional – enquanto se navega pela opacidade e complexidade da IA.”

Embora o sistema de IA em Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 1 tenha apresentado um cenário convincente o suficiente para abalar até mesmo o presidente dos EUA, felizmente há menos motivos para se preocupar na realidade – até certo ponto. Até atingir o ponto sem retorno.

A diretora de pesquisa do Distributed AI Research Institute, Alex Hanna, disse ao The Washington Post: “É absurdo”, quando perguntada se a Entidade do filme reflete os recursos reais da IA.

“A ideia de que a Entidade pode invadir basicamente qualquer sistema eletrônico – que ela pode ouvir e ver tudo o que acontece no mundo e aprender com isso – é bastante ridícula”, disse ela. “Nenhuma das tecnologias atuais de IA pode fazer isso de forma autônoma. A Entidade tem tal visão que pode prever quem vai fazer o quê no futuro, até o segundo, e jogar todas as possibilidades com engenhosidade humana. Isso não é possível”.

Parte do problema, explicou Hanna, é a forma como os poderes mágicos da IA são retratados em formas populares de mídia, como filmes. “Mesmo no filme Missão Impossível, a ideia é que quando os mocinhos conseguem uma chave para acessar o código-fonte da Entidade, a IA pode ser controlada. Isso é um mal-entendido. Mesmo que você tivesse o código-fonte real de uma IA, ele não lhe diria o que você precisa saber. Você também precisaria dos pesos do modelo em uma rede neutra para poder replicar qualquer uma de suas decisões. Você precisaria saber a quais dados ela tem acesso”.

Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 1 está disponível em plataformas digitais.

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