Contém spoilers

Munique: No Limite da Guerra faz grande mudança em história real

Filme da Netflix é ambientado às vésperas da Segunda Guerra Mundial

Sucesso na Netflix, o filme Munique: No Limite da Guerra conquista fãs ao narrar uma interessante história real, ambientada às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Os assinantes da plataforma que já conferiram a trama do longa querem saber: qual é seu grau de veracidade? E quais foram os elementos modificados?

Munique: No Limite da Guerra é baseado no livro de mesmo nome, escrito por Robert Harris. O filme conta com Christian Schwochow como diretor e Ben Power como roteirista.

“Na tensa Conferência de Munique em 1938, amigos que agora trabalham para governos opostos se tornam espiões e correm contra o tempo para revelar um segredo nazista”, afirma a sinopse oficial do longa na Netflix.

A Conferência de Munique aconteceu na vida real, mas aspectos importantes foram mudados pela Netflix. Veja abaixo.

Como a Netflix muda a história de Munique: No Limite da Guerra?

Embora o livro de Robert Harris, que inspira o filme, seja baseado em uma história real, toda a trama dos personagens Hugh Legat e Paul von Hartmann é fictícia.

Todos os eventos que envolvem a dupla interpretada por George MacKay e Jennis Niewöhner são ficcionais. Enquanto Legat não é baseado em nenhuma pessoa real, Hartmann é levemente inspirado por Adam Von Trott, parte da resistência anti-Hitler que existia em partes do governo alemão.

Em relação à Conferência de Munique, o longa da Netflix é bem mais realista. O fato da Tchecoslováquia enviar representantes à Munique, mas ser impedida de participar da reunião, por exemplo, é real.

Um dos aspectos mais interessantes do filme é a caracterização do primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain, interpretado por Jeremy Irons, e seu envolvimento nas negociações de Munique.

O filme assume o ponto de vista de que, ao assegurar o Acordo, Chamberlain ofereceu à Grã-Bretanha a oportunidade de se preparar para uma inevitável guerra contra a Alemanha.

Mas parte dos historiadores discorda dessa caracterização, e estabelece Chamberlain como um líder fraco, que se iludiu ao acreditar que poderia ser mais esperto que Hitler.

“Não existem dúvidas de que ele era um apaziguador, e que falhou em suas ambições de paz. Mas o primeiro-ministro se tornou um símbolo de fraqueza, e na minha visão, ele não era fraco. É interessante o filme oferecer a ele um módico de dignidade. Afinal de contas, a Guerra é um negócio complicado, e até mesmo a mais perfeita diplomacia pode falhar”, comentou o historiador Dr. James Rogers ao site The Times.

Como mostra Munique: No Limite da Guerra, as tentativas de Chamberlain de instituir a paz também incluíram uma visita a Hitler na manhã em que o Acordo foi assinado.

O primeiro-ministro realmente conseguiu que Hitler assinasse uma declaração afirmando que não travaria guerra contra a Inglaterra – declaração essa que foi rompida menos de um ano depois.

Munique: No Limite da Guerra já está disponível no catálogo brasileiro da Netflix.

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