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O filme do Studio Ghibli que inspirou Godzilla Minus One

Muito simbolismo no novo filme de Godzilla

Godzilla Minus One
Godzilla Minus One

Godzilla Minus One retoma o conceito original do Rei dos Monstros, ao mesmo tempo que traz uma abordagem bastante diferenciada. Uma das inspirações do filme foi um filme do Studio Ghibli, ainda que de forma inconsciente, visto que o diretor só percebeu isso depois.

Godzilla: Minus One se passa no Japão após a Segunda Guerra Mundial e mostra Godzilla atacando a nação enquanto eles tentam se recuperar.

Escrito e dirigido por Takashi Yamazaki (Lupin III: O Primeiro), o filme foi lançado no Japão em 3 de novembro, 69 anos depois do Godzilla original.

Este é o primeiro filme live-action da Toho sobre o monstro desde Godzilla Resurgence, de 2016.

Continue lendo para saber como um filme do Studio Ghibli, influenciou Godzilla Minus One.

Godzilla Minus One
Godzilla Minus One

Princesa Mononoke inspirou Godzilla Minus One

Em conversa com a Inverse, o diretor Takashi Yamazaki compartilhou um pouco da inspiração que usou ao criar Godzilla Minus One. Ele mencionou o filme do Studio Ghibli, Princesa Mononoke, especificamente.

“Você conhece Princesa Mononoke e a maneira como o filme começa? Na verdade, isso é algo que percebi depois que terminei o Minus One e comecei a refletir sobre todo o processo. Isso é muito específico da cultura japonesa e tem raízes no xintoísmo e no animismo, mas logo no início de Mononoke, as pessoas têm que acalmar o espírito furioso, e eu queria criar um Godzilla de forma muito semelhante”, compartilhou Yamazaki.

Continuando, o diretor explicou como sua visão do Godzilla é mais experimental do que qualquer outra coisa. “Eu queria que o Godzilla parecesse a personificação física de um tipo de energia negativa ligada aos medos, preocupações e desilusões das pessoas. Nós, humanos, não estamos necessariamente lá para matar o Godzilla. Estamos lá para espantá-lo. Minus One é sobre dar um nome e um rosto a algo assustador e convidar o público a acalmar essa presença negativa por meio da experiência compartilhada de assistir ao filme.”

Se você já assistiu a Princesa Mononoke, vai entender o comentário de Yamasaki.

O filme do Studio Ghibli começa com uma aldeia Emishi sendo atacada por um demônio, que na verdade é um deus corrompido. O demônio é morto por um príncipe a um custo muito alto, mas a derrota não alivia o vilarejo.

Para os habitantes da cidade, o aparecimento repentino de um demônio é um presságio e anuncia um mal no horizonte. De muitas maneiras, Yamazaki queria imbuir esse poder em seu Godzilla, pois ele funciona como um símbolo dos próprios obstáculos da humanidade.

Ambientado no século XIV, no período Muromachi do Japão, Princesa Mononoke conta a história de Ashitaka, um jovem príncipe amaldiçoado pelo ódio de um deus javali moribundo, que foi corrompido por uma bola de ferro alojada em seu corpo.

Para buscar a cura de sua maldição, Ashitaka viaja pelo país, na esperança de encontrar o Shishigami, um espírito da floresta semelhante a um cervo, com o poder de trazer vida e morte.

Ao longo do caminho, Ashitaka descobre um mundo desequilibrado. A comunidade siderúrgica de Tatara, administrada pela enigmática Lady Eboshi, está devastando a floresta vizinha em busca de recursos, provocando a ira do feroz lobo deus Moro e de sua feroz filha humana San (a Mononoke titular, que significa espectro ou fantasma). Preso no meio do caminho está Ashitaka, que precisa descobrir como navegar nesse mundo difícil.

O filme foi dirigido por Hayao Miyazaki, que escreveu o roteiro original da obra. Neil Gaiman trabalhou na versão americana do roteiro.

Godzilla: Minus One está em exibição nos cinemas. Já Princesa Mononoke está disponível na Netflix.

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