A Disney rapidamente percebeu o quanto poderia lucrar ao fazer versões em live-action de seus clássicos em animação. De Malévola a O Rei Leão, a Casa do Mickey ganhou bilhões com essas releituras, ainda que algumas delas – a maioria, na verdade – deixe muito a desejar.
Sem conseguirem superar as versões originais, muitas foram criticadas por não acrescentaram absolutamente nada de novo a essas histórias. Enquanto outras, como o Rei Leão, simplesmente acabaram com parte da magia do original.
A controvérsia envolvendo esses filmes, contudo, vai muito além disso, conforme revelaram os diretores Gary Wise e Kirk Trousdale, de A Bela e a Fera (o desenho), O Corcunda de Notre Dame e Atlantis: O Reino Perdido.
A dupla conversou com o Collider, revelando que não receberam nada pelo live-action de A Bela e a Fera, que gerou 1 bilhão de dólares para a Disney nas bilheterias.
“Não recebemos um cent pelo novo A Bela e a Fera. Não teve nada de financeiro. E o fato de termos sido creditados foi uma surpresa para mim”, disse Wise.
Política injusta
Trousdale concordou que o crédito no remake veio como uma boa surpresa, tendo em vista que eles foram completamente ignorados financeiramente no projeto. Ele reconhece, no entanto, que os créditos foram colocados graças ao amigo da dupla, Don Hahn.
“Eu fui convidado para a estreia no EL Capitan, o que me surpreendeu. Eu sei que o Don Hahn [que produziu o filme original] mexeu uns palitinhos para isso acontecer”, disse Trousdale.
“E estou lá com minha namorada e os créditos passam e eu disse ‘cacetada eu estou ali!’. Don fez sua magia acontecer ali também”, continuou o diretor.
Anteriormente, o co-roteirista do Aladdin original, Terry Rossio revelou como a Disney trata os criadores originais com esses remakes, ao tweetar que ele e seu colega no roteiro, Ted Elliott, receberam nada pelo filme.
Considerando que o co-diretor de Mulan, Tony Bancroft, também criticou esses remakes da Disney, é provável que ele, também, não tenha ganhado nada pelo vindouro remake, que chegará diretamente ao Disney+, por uma taxa adicional de 29,99 dólares.