Um dos lançamentos mais aguardados do ano, Oppenheimer chega aos cinemas nesta quinta-feira, 20 de julho. O filme, como o próprio nome já indica, conta a história de J. Robert Oppenheimer, o “pai da bomba atômica” – e para trazer para às telas o momento da explosão, o diretor Christopher Nolan adotou uma estratégia muito interessante.
“Oppenheimer explora como o brilhantismo, a arrogância e o impulso implacável de um homem mudaram a natureza da guerra para sempre, levando à morte centenas de milhares de pessoas e desencadeando histeria em massa”, diz a sinopse oficial de Oppenheimer.
No novo filme de Christopher Nolan, o protagonista titular é interpretado por Cillian Murphy (Peaky Blinders). Emily Blunt (O Diabo Veste Prada), Matt Damon (Perdido em Marte), Florence Pugh (Viúva Negra) e Robert Downey Jr. (O Homem de Ferro) também estão no filme.
Revelamos abaixo tudo que você precisa saber sobre a explosão da bomba atômica em Oppenheimer – veja como Christopher Nolan criou o momento.
Nolan não usou CGI na bomba atômica de Oppenheimer
Em um papo com o site Entertainment Weekly, Christopher Nolan revelou que, para garantir um maior nível de autenticidade para a explosão da bomba atômica do mundo em Oppenheimer, optou por não se basear em efeitos de computação gráfica.
O diretor preferiu não entrar em detalhes sobre o método específico utilizado para recriar um dos momentos mais importantes da história mundial, mas deixou bem claro que a equipe de produção de Oppenheimer foi essencial para dar vida a essa cena.
Um dos principais responsáveis pela criação do momento, de acordo com Nolan, é Andrew Jackson, o supervisor de efeitos especiais do longa.
“Logo após terminar o roteiro, mostrei tudo para meu supervisor de efeitos especiais. Para tirar o CGI de cogitação, perguntei a ele se poderíamos usar alguma ‘metodologia do mundo real’ para produzir o efeito da explosão da primeira bomba atômica”, explicou o diretor.
Jackson, vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Visuais por seu trabalho em Tenet, outro filme de Christopher Nolan, também recebeu a difícil missão de caracterizar, de forma visual, a mentalidade de J. Robert Oppenheimer.
“A minha intenção era tentar olhar para dentro da mente do Oppenheimer, com imagens simbólicas e visualizações do mundo quântico. O Andrew (Jackson) entende de computadores, mas entende também do mundo analógico. Ele, na verdade, é maravilhoso com tudo isso. Então, passou meses e meses fazendo todos estes experimentos e avaliando todas essas possibilidades – algumas delas microscópicas, e outras absolutamente colossais”, disse Nolan.
Ainda com o objetivo de fincar os pés de Oppenheimer no mundo real, Nolan pediu que Ruth de Jong, a designer de produção do longa, e Scott Fisher, o supervisor de efeitos do filme, construíssem uma réplica em tamanho real da bomba atômica.
“Inicialmente, disse que só usaríamos a réplica em algumas tomadas. Mas, eles me ignoraram completamente! Acabaram construindo a coisa toda em excruciantes detalhes. Então, tivemos a oportunidade de filmar todo o processo de explosão. Construímos a tensão da detonação mostrando como esse processo aconteceu de verdade”, concluiu o cineasta.
Para conferir o resultado, é só assistir Oppenheimer, nos cinemas brasileiros, a partir da próxima quinta-feira (20 de julho).