A ficção científica tem o poder de projetar cenários futuros que muitas vezes se aproximam da realidade, e obras clássicas como De Volta para o Futuro, Matrix e Wall-E são exemplos de como as previsões podem se alinhar, de forma intrigante, com o presente. No filme De Volta para o Futuro Part II, lançado em 1989, os personagens viajam para o ano de 2015, e embora muitas das tecnologias retratadas, como hoverboards e carros voadores, ainda sejam ficção, o conceito de dispositivos portáteis interconectados se aproxima muito dos smartphones e assistentes digitais que usamos hoje. Além disso, a forma como o filme abordou as mudanças sociais, como a crescente influência da mídia e a manipulação do passado para garantir o futuro, ressoa com a forma como a informação e as fake news moldam nosso presente.
Matrix (1999), por sua vez, apresenta uma realidade simulada controlada por máquinas, uma ideia que, em um mundo cada vez mais imerso no digital, começa a parecer mais plausível. A dependência de redes sociais, dispositivos inteligentes e a ascensão das inteligências artificiais são traços que refletem a premissa central de Matrix, onde a linha entre o real e o virtual se torna borrada. A obsessão por telas e a forma como a tecnologia invadiu cada aspecto de nossas vidas, sem que muitos questionem a natureza da realidade em que vivem, nos coloca em uma situação semelhante à dos humanos aprisionados na simulação de Matrix, presos em uma realidade imposta por forças invisíveis.
Em Wall-E (2008), a visão de um futuro distópico onde a Terra está abandonada devido ao consumismo excessivo e à poluição ressoa de forma alarmante com o presente. O filme apresenta uma sociedade que vive em um estado de inatividade física, dependente de tecnologia para suas necessidades diárias, com indivíduos obcecados por telas e incapazes de interagir com o mundo ao seu redor. Esta visão se aproxima de nossa atual relação com a tecnologia, onde a conveniência digital pode nos afastar de uma conexão mais profunda com a natureza e a realidade ao nosso redor, como vemos na crescente dependência de serviços de entrega, entretenimento digital e automação.
Essas obras, embora tenham sido criadas em décadas passadas, nos fornecem um espelho do que estamos vivendo atualmente, mostrando como os avanços tecnológicos podem, ao mesmo tempo, oferecer maravilhas e desafios. A ficção científica continua a ser uma ferramenta poderosa para refletirmos sobre nosso presente e imaginarmos o futuro, muitas vezes alertando sobre os perigos da desconexão, do controle excessivo e da exploração sem limites dos recursos naturais, questões que estão mais vivas do que nunca em nossos dias.
Wall-E
Após transformar a Terra em um imenso depósito de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade foi forçada a abandonar o planeta. Agora, a vida humana acontece em uma colossal nave espacial, onde o plano inicial era permanecer por poucos anos, enquanto robôs especializados ficariam encarregados de limpar a Terra.
Wall-E é o último desses robôs ainda em funcionamento. Com um engenhoso sistema de auto-reparo, ele segue ativo e dedicado à sua missão: compactar o lixo que cobre o planeta, formando imensas torres que ultrapassam a altura de arranha-céus. Paralelamente, Wall-E desenvolve um hábito curioso — colecionar objetos inusitados encontrados durante seu trabalho, que ele organiza como pequenos tesouros.
A rotina solitária do robô muda drasticamente com a chegada de uma nave espacial. De seu interior, desembarca Eva, um robô moderno e altamente tecnológico. Movido pela curiosidade, Wall-E se aproxima da recém-chegada, e logo nasce uma paixão inesperada. Onde ver: Disney+.
Jogador Nº 1
Em um futuro distópico, ambientado em 2044, a humanidade encontra consolo na realidade virtual do jogo OASIS, onde muitos, incluindo o protagonista Wade Watts (Tye Sheridan), preferem escapar do mundo real. No entanto, a morte de James Halliday (Mark Rylance), o excêntrico criador do OASIS, desencadeia uma competição global. O testamento de Halliday deixa uma chave escondida dentro de um complexo quebra-cabeça, e quem a descobrir herdará sua imensa fortuna.
Para conquistar o prêmio, Wade e outros jogadores precisam se infiltrar nas camadas mais profundas do jogo, enfrentando desafios e enigmas. Mas, à medida que avança na busca, Wade se vê diante de um dilema crucial: para alcançar a vitória, ele terá que abandonar a segurança da existência virtual e enfrentar a vida real — um mundo de amor e sentimentos que ele sempre tentou evitar. Onde ver: Max.
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Matrix
Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um programador de computador que vive uma vida monótona em um cubículo escuro, é atormentado por pesadelos inquietantes. Nessas visões, ele se encontra, contra sua vontade, conectado a um vasto sistema de computadores, prestes a ter cabos inseridos em seu cérebro. A cada episódio, Anderson acorda no exato momento em que os eletrodos estão prestes a penetrar em sua mente. À medida que os sonhos se repetem, ele começa a questionar a própria realidade que o cerca.
A virada ocorre quando ele encontra os misteriosos Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), que revelam a verdade aterradora: Anderson, assim como a maioria das pessoas, é vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula as mentes humanas, criando a ilusão de um mundo real. Na verdade, os cérebros e corpos das pessoas estão sendo usados para gerar energia para o sistema.
Morpheus, contudo, acredita que Anderson é, na verdade, Neo — o messias esperado, destinado a confrontar o Matrix e libertar a humanidade da ilusão, restaurando a realidade e a liberdade perdida. Onde ver: Max.
O Demolidor
Los Angeles, 1996. John Spartan (Sylvester Stallone), um policial conhecido como O Demolidor, é condenado injustamente a ser congelado criogenicamente após uma operação em que, apesar de sua intenção de capturar Simon Phoenix (Wesley Snipes), trinta reféns morrem. Phoenix também é congelado, mas, trinta e seis anos depois, ambos são descongelados.
Agora em 2032, Los Angeles se transformou em San Angeles, uma cidade sem crimes. No entanto, a monotonia do lugar é quebrada quando Phoenix escapa, matando várias vítimas, incluindo o diretor do presídio. Lenina Huxley (Sandra Bullock), uma policial fascinada pela cultura do século XX, sugere que Spartan seja descongelado para capturar Phoenix.
Embora o chefe da polícia, George Earle (Bob Gunton), inicialmente se oponha, o veterano Zachary Lamb (Grand L. Bush) argumenta que, para enfrentar um criminoso como Phoenix, um policial da velha escola é necessário. Spartan é libertado, mas ninguém sabia que Phoenix estava sendo manipulado por Raymond Cocteau (Nigel Hawthorne), o “benevolente” prefeito-governador de San Angeles, que planeja usá-lo para eliminar Edgar Friendly (Denis Leary), líder de um grupo de rebeldes. Onde ver: Max.
De Volta para o Futuro
No icônico filme De Volta para o Futuro, o jovem Marty McFly (Michael J. Fox) se vê em uma situação impensável após acionar acidentalmente uma máquina do tempo construída pelo excêntrico cientista Doc Brown (Christopher Lloyd) em um DeLorean. A viagem o leva de volta aos anos 50, onde ele encontra sua mãe, Lorraine (Lea Thompson), antes de se casar com seu pai, George (Crispin Glover). O inesperado acontece quando Lorraine se apaixona por Marty, criando um dilema que ameaça sua própria existência e coloca em risco o curso de sua vida. Para corrigir o erro, Marty se vê forçado a atuar como cupido, tentando reunir seus pais antes que o futuro seja alterado de maneira irreversível.
Este clássico dos anos 80 não apenas explora os perigos das viagens no tempo, mas também questiona como pequenas mudanças no passado podem ter grandes repercussões no futuro. Com um enredo envolvente e personagens memoráveis, De Volta para o Futuro continua a ser uma das mais celebradas obras da ficção científica cinematográfica. Onde ver: Prime Video.
