Clássico

Para Stephen King, esse é o filme de terror mais assustador de todos os tempos

Prolífico autor colocou um clássico filme de terror acima dos outros

A Noite dos Mortos-Vivos
A Noite dos Mortos-Vivos

Stephen King revelou qual ele acha ser o filme de terror mais assustador de todos os tempos.

Além de ser famoso por escrever algumas das histórias mais aterrorizantes do gênero, King também é conhecido por compartilhar suas opiniões sobre filmes de terror nas redes sociais. Atualmente, seus comentários são aguardados por fãs do gênero, e King destacou qual é o filme que mais o aterrorizou.

Em entrevista à Variety, King compartilhou suas reflexões sobre alguns clássicos do terror e sobre aqueles que mais o assustaram. Ele explicou que a resposta para qual é o filme mais assustador varia de acordo com a idade do espectador.

Quando ele tinha 16 anos, Desafio do Além era o mais assustador, mas, na idade adulta, A Bruxa de Blair assumiu o posto. No entanto, King concluiu que o filme mais aterrorizante de todos é A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero, uma “obra-prima de baixo orçamento” que foi fundamental para o desenvolvimento do gênero zumbi, embora não tenha seguido a maior tendência desse subgênero.

A Noite dos Mortos-Vivos
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Mais sobre A Noite dos Mortos-Vivos

A Noite dos Mortos-Vivos foi dirigido por Romero e co-escrito por ele e John Russo. O filme se passa na Pensilvânia, onde cadáveres reanimados que comem carne humana começam a atacar os vivos e transformá-los em criaturas semelhantes. A história segue Barbra (Judith O’Dea) e Ben (Duane Jones), que se refugiam em uma casa de fazenda, onde encontram outros sobreviventes, como Harry (Karl Hardman), sua esposa Helen (Marilyn Eastman) e a filha Karen (Kyra Schon). Juntos, eles tentam se proteger dos ataques implacáveis.

Esse filme é um dos mais influentes da história do cinema e é creditado por popularizar a representação moderna dos zumbis, elevando o subgênero a um novo patamar. Muitos elementos vistos nos “ghouls” de Romero ainda são usados em filmes e séries sobre zumbis, mas o filme não seguiu a principal tendência desse tipo de história: a palavra “zumbi” nunca é mencionada em A Noite dos Mortos-Vivos. Em vez disso, as criaturas são chamadas de “ghouls”.

O termo “zumbi” foi adotado posteriormente por fãs e críticos para se referir a esses seres que se alimentam de carne. Romero escolheu chamá-los de “ghouls” porque os via como algo novo e diferente dos “zumbis” tradicionais, como explica o livro Monstros e Cientistas Loucos: Uma História Cultural do Filme de Terror. O termo “zumbi” foi aplicado retroativamente ao filme, à medida que os “ghouls” de Romero se tornaram a base para os zumbis modernos.

Antes de A Noite dos Mortos-Vivos, a ideia de zumbis era bastante diferente. O filme considerado o primeiro longa-metragem sobre zumbis é Zumbi, A Legião dos Mortos (1932), estrelado por Bela Lugosi.

Baseado no romance A Ilha Mágica, de William Seabrook, o filme misturava a ideia de zumbis com ansiedades raciais e pós-coloniais. Na época, o conceito de “zumbi” vinha do folclore haitiano, em que um sacerdote vodu poderia reanimar um cadáver para usá-lo como escravo insensível.

A diferença crucial trazida por Romero foi a origem dos zumbis. Seus “ghouls” não eram controlados por humanos nem reanimados por rituais, mas sim resultado de uma radiação causada por uma explosão no espaço. Esse conceito quebrou a associação dos zumbis com o vodu e deu início a uma nova forma de contar histórias com mortos-vivos.

Desde o lançamento de A Noite dos Mortos-Vivos, os zumbis passaram por muitas mudanças e acréscimos, mas o gênero não seria o mesmo sem a visão de Romero, a origem de suas criaturas e suas características marcantes.

A Noite dos Mortos-Vivos está disponível no Telecine Play.

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