A programação de cinema de junho no Itaú Cultural vai trazer um ciclo de curtas e longas-metragens latino americanos, informou a instituição nessa quarta (30).
Em todas as terças-feiras do mês, a programação no instituto está reservada para o cinema. Nesses dias, a Sala Itaú Cultural exibirá curtas e longas-metragens que lançam luz na produção cinematográfica recente dos países latinos.
Com o intuito de também promover atividades de formação nesta área ao longo do ano, ainda em junho será realizado um minicurso de roteiro com o cineasta argentino Agustín Mendilaharzu, também professor da Universidad del Cine, parceira do instituto nesta curadoria – todas as vagas já estão preenchidas
Começa no dia 5, terça-feira, às 20h, a programação. Ao longo do mês, serão exibidos três longas-metragens e sete curtas-metragens de países diversos, entre eles Argentina, Uruguai e Bolívia.
A produção que abre o ciclo no dia 5 é boliviana: Viejo Calavera, do diretor Kiro Russo.
No enredo, Elder Mamaní, interpretado pelo ator Julio Cezar Ticona, fica órfão e se muda para Huanuni, para viver com a avó e o seu padrinho lhe arranja um emprego na mina de um poderoso homem do local.
Contudo, Mamaní prefere vaguear, embriagado, pela cidade. Este comportamento coloca-o em rota de colisão com a vida, quando um segredo sobre a morte de seu pai vem à tona.
Viejo Calavera é o primeiro longa-metragem de Kiro Russo, que venceu duas vezes o grande prémio de curta metragem no IndieLisboa, com o filme Juku e Nueva Vida, em 2012 e 2016.
O filme que dá sequência a este ciclo de junho, no dia 12, às 19h, é Mi Amiga del Parque, produção argentino-uruguaia da diretora Ana Katz.
O longa-metragem fala da relação entre as personagens Liz e Rosa, abordando os lados público e privado da maternidade, bem como as inseguranças e exaltações de uma amizade entre duas mulheres.
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A produção ganhou o Prêmio Especial do Júri, de Sundance, em 2016.
Os outros filmes que integram a programação nas terças-feiras seguintes, dias 19 e 26, são: Cuatreros, longa-metragem realizado em 2016 pela diretora argentina Albertina Carri; Silêncio Antes, de 2015, com co-produção da Argentina e Colômbia e direção de Mercedes Gaviria; e Son, do também argentino Alejo Santos, de 2016.
Além desses, entrarão em cartaz El Chico Pelo De Flor, realização de 2016 por Vanessa Heeger; El Passado Roto (2015), de Sebastián Schjaer e Martín Morgenfeld; Epecuén (2012), de Verena Kuri e Sofia Brockenshire; Enfrentar Animales Salvajes (2014), de Jerónimo Quevedo; Dear Renzo (2016), de Francisco Lezama e Agostina Gálvez.
De 6 a 8 de junho, o instituto realiza, ainda, dando sequência a parceria com a Universidad del Cine, a oficina de roteiro Portas de entrada alternativas à escrita cinematográfica, com o cineasta argentino Agustín Mendilaharzu.
No minicurso, ele propõe questionar a maneira de se construir o script tradicional para filmes, apresentando a possibilidade de uma escrita que parte do concreto e encontra em seu desenvolvimento profundo as chaves para moldar um plano narrativo complexo.