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Roma | Críticos reagem ao filme de Alfonso Cuarón para Netflix; confira avaliações

Roma, novo filme do diretor Alfonso Cuarón, de Gravidade, foi exibido no Festival de Veneza e críticos que cobrem o evento já fizeram as suas avaliações. A maior parte das críticas elogiam e valorizam o trabalho do cineasta para a Netflix.

O primeiro ponto notado pelos críticos é que Roma é um filme íntimo. O longa foi feito todo em preto e branco.

“Roma constrói a sua narrativa em pequenos momentos, a câmera do diretor passa vagarosamente por várias cenas absorvendo o distinto local, enquanto dispensa detalhes da história de locais improváveis. (Ele pede por várias visualizações, o que faz a controversa decisão de Cuarón de lançar na Netflix ter sentido, mesmo que mereça a grande tela”, escreveu Eric Kohn, do Indiewire.

Um detalhe que chama atenção em Roma, conforme Stephanie Zacharek, da Time, é o lado humanitário de Alfonso Cuarón.

“A glória, a imagem afetuosa, a memória escrita na linguagem do filme, é apenas indiretamente sobre o homem que fez o filme. Ele permanece de lado, nas sombras, nos acenando para algo. Roma é filmado como um gesto, um convite para generosidade que nós talvez não sabíamos que podíamos sentir”, escreveu o crítico.

Já para Peter Bradshaw, do The Guardian, o diretor monta o filme a partir de diferentes tonalidades que no fim fazem sentido.

“Cuarón tem o dom extraordinário de combinar o closeup com o plano fundo, que revela os detalhes observados – humorístico ou pungente ou apenas autêntico sem esforço – com a tela e o senso de escala. Em algumas vezes parece novelístico, densamente realizado, um drama íntimo que nos dá acesso ao desenvolvimento de vidas domésticas em tempo real. Em algumas vezes parece como uma novela, e em outras vezes é sentido como um épico”, avalia o jornalista.

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Todd McCarthy, do The Hollywood Reporter, chamou atenção para a atriz Yalitza Aparicio, uma novata em Hollywood, que para ele, desempenhou grande papel como a protagonista de Roma.

“E ainda o que faz a decisão de colocar ela no centro de seu filme autobiográfico tão incomum e atraente: ela é frequentemente a figura esquecida que precisa ser lembrada, uma decisão que parece pessoal e política. Ela está perdida, normalmente uma figura anônima – a empregada, a serva, a subalterna – que aqui tenta emergir como a figura de quem, o futuro pede, que tenha bastante atenção”, destacou o crítico.

Ambientada no México, Roma gira em torno de uma jovem trabalhadora doméstica, Cleo (Yalitza Aparicio), que trabalha para uma família de classe média. Cercada pelos seus colegas de trabalho, família e filhos, Cleo luta para encontrar a felicidade em um ambiente de amor e solidariedade dentro de sua comunidade, tudo enquanto enfrenta os problemas da hierarquia social e os preconceitos sofridos pela sua classe.

Roma é o primeiro longa de Alfonso Cuarón desde que ganhou o Oscar de Melhor Diretor por Gravidade. O diretor também assina o roteiro.

O filme é produzido por Gabriela Rodriguez, Nicolás Celis e pelo próprio Alfonso Cuarón. Roma será lançado na Netflix após sua estreia no Festival de Veneza.

Roma tem previsão de lançamento na plataforma de streaming para dezembro.

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