O ano de 1993 foi sem dúvida nenhuma o melhor na carreira de Steven Spielberg – ele lançou a aventura que definiria todas as aventuras que viriam depois (Jurassic Park) e o devastador drama de holocausto que lhe renderia o primeiro Oscar de Melhor Direção (A Lista de Schindler).
Dirigir dois longas tão diferentes ao mesmo tempo, no entanto, foi “um fardo” para o lendário cineasta.
“O que aconteceu por que Steven [Zaillian] terminou o seu rascunho mais magistral do roteiro, após muitas tentativas, ao mesmo tempo em que eu estava fazendo Jurassic Park. Então, minha esposa me disse: ‘Você vai fazer esse filme agora, não é?’. E eu disse: ‘Sim, imediatamente!'”, contou durante evento em Nova York (via EW).
“O problema era que eu já estava fazendo um filme. Eu não queria deixar Schindler esperando, e não queria perder o inverno. Eu sabia que precisava filmar esse roteiro em janeiro, na Polônia, em locação, então fui”, disse.
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“Quando começaram as filmagens de Schindler, eu tinha que voltar para casa duas ou três vezes por semana, usar um feed ao vivo muito primitivo no qual eu poderia ver o trabalho sendo feito na Califórnia”, revelou. “Foi surreal ter que aprovar ou pedir mudanças em uma cena com um T-Rex perseguindo um jipe após filmar cenas tão emocionais em Schindler”.
“O que eu não percebi na época foi como essa dupla vida me afetou, como ela trouxe um nível enorme de ressentimento e raiva. Em junho, quando os filmes começaram a sair, é claro que eu me senti grato por tudo isso, mas durante as filmagens foi um fardo enorme”, completou.
A Lista de Schindler aborda as ações do insuspeito humanitário do título (Liam Neeson), um homem de negócios polonês que transformou suas fábricas em abrigos para judeus que fugiam da perseguição nazista na 2ª Guerra Mundial.
