Aclamado

Tick, Tick...Boom: A história real de Jonathan Larson

Icônico dramaturgo e compositor é interpretado por Andrew Garfield no filme da Netflix

Tick, Tick… Boom! tem tudo para se tornar um dos maiores sucessos da Netflix em 2021. Aclamado pelo público e pela crítica, o musical é uma produção semiautobiográfica sobre o compositor e dramaturgo Jonathan Larson, considerado uma das figuras mais icônicas da história do teatro. O site Esquire revelou tudo que os fãs precisam saber sobre o personagem de Andrew Garfield na vida real; confira.

“Um compositor de teatro aspirante enfrenta uma crise ao se aproximar dos 30 e não se sentir nem um pouco perto de seu sonho”, afirma a sinopse oficial do longa.

A trama do filme começa em 1992, anos antes da criação do icônico musical Rent. Além de abordar o estado psicológico de Jonathan Larson, o filme mostra também como o dramaturgo se inspirou para criar a premiada peça.

O longa pode trazer a Andrew Garfield sua segunda indicação ao Oscar – após sua performance em Até o Último Homem – e oferecer ao diretor Lin-Manuel Miranda a chance de se tornar um recipiente do EGOT: Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Para o artista atingir a surpreendente marca, só falta o Oscar.

Quem foi o Jonathan Larson de Tick, Tick… Boom! na vida real?

Jonathan Larson nasceu e cresceu na cidade de White Plains, em Nova York, mas se mudou para Manhattan em busca do sonho da carreira artística.

Após a decepção com seu primeiro musical, Superbia, Larson decidiu escrever Tick, Tick…Boom!, o musical que inspira o filme da Netflix.

O roteiro e a trilha da peça foram finalizados em 1991, e Jonathan Larson não demorou a performar a trama como um ato solo – primeiramente no Second Stage Theater do Village Gate e depois no Workshop de Teatro de Nova York, em 1993.

Na mesma época, Larson começou a escrever Rent. O primeiro ensaio teatral da peça aconteceu em 1993, e a primeira produção oficial da história, em 1996, com atuações de Idina Menzel, Anthony Rapp, Adam Pascal e Taye Diggs.

Em 21 de janeiro de 1996, durante a última semana de ensaios, Larson colapsou no teatro após sentir intensas dores no peito.

O compositor foi levado ao hospital e diagnosticado com intoxicação alimentar. Como o exame de Raio-X não mostrou problemas, os médicos fizeram apenas uma limpeza estomacal e mandaram Larson de volta para a casa.

Três dias depois, no ensaio final de Rent, Larson foi entrevistado pelo The New York Times.

“Acho que tenho uma vida pela frente como compositor”, afirmou Larson sobre a peça de teatro.

Na manhã seguinte, o colega de apartamento de Jonathan Larson encontrou o corpo do compositor no chão da cozinha. Uma autópsia revelou que o dramaturgo morreu por uma lesão na artéria aorta, que leva sangue para o coração.

A lesão pode ter sido causada pela não-diagnosticada Síndrome de Marfan, uma desordem genética que afeta os tecidos conectivos. Jonathan Larson morreu aos 35 anos.

A primeira performance oficial de Rent, a obra prima de Jonathan Larson, aconteceu naquela noite. A apresentação foi dedicada à memória e ao legado de seu criador.

Meses depois, Rent finalmente estreou na Broadway. Naquele ano, a peça venceu o prêmio Tony de Melhor Musical, e Jonathan Larson recebeu de maneira póstuma os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Trilha, além de um Prêmio Pulitzer na categoria de Drama.

Rent continuou em cartaz na Broadway por 12 anos, contando com mais de 5 mil performances antes de seu encerramento em setembro de 2008.

O musical também foi adaptado para o cinema – com grande parte do elenco original – em 2005, com Chris Columbus na direção.

Tick, Tick… Boom! está disponível na Netflix.

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