Bohemian Rhapsody, cinebiografia do cantor Freddy Mercury que conta a história da formação do Queen, agradou os fãs do artista e de sua famosa banda.
Entretanto, nem tudo são flores nessa história. Algumas pessoas reclamaram, com razão, de algumas alterações que o longa fez na história real de Freddie Mercury. Devido a isso, listamos todos os fatos da história da banda e seu vocalista que o filme modificou logo abaixo:
O período do tempo em que Freddy lutou contra a AIDS é diferente
O show do Live Aid realizado pelo Queen foi muito importante para Freddy Mercury, pois logo após o evento, o cantor começou uma relação com Jim Hutton e resolveu revelar sua sexualidade para a família. Entretanto, no filme, é exatamente após esse show que Freddy descobre que tem AIDS.
Acontece que no mundo real o cantor só foi saber que possuía o vírus do HIV dois anos depois do show, em 1987 e ele só revelou isso ao público em 1991.
O filme também faz os fãs presumirem que a música Who Wants To Live Forever foi escrita por causa da doença de Mercury, quando na realidade ela foi escrita para o filme Highlander.
As mudanças no Live Aid
Por falar no Live Aid, o evento de fato foi importante para o Queen, mas nem por isso foi tido como um ponto final para a banda. O fato é que depois do evento, o Queen apenas diminuiu o ritmo dos shows que fazia.
Além disso, no filme, ninguém está doando para a causa que buscava ajudar pessoas famintas na Etiópia do Live Aid até que o Queen aparece no palco. Essa história não é real, pois haviam outros artistas tão importantes quanto a banda no evento, como Elton John, Paul McCartney e David Bowie, e eles também foram essenciais para que as doações fossem altas.
A formação do Queen
Uma das mais significativas mudanças do filme diz respeito ao modo como a banda Queen foi formada. O filme mostra inicialmente um Freddy Mercury tímido, que precisou tomar coragem para se encontrar com Brian May e Roger Taylor, e então ser aceito como vocalista da banda.
Entretanto, muitas fontes dizem que Mercury jamais foi tímido e sempre foi uma pessoa muito confiante. Ele até mesmo já cantava em um grupo antes de se unir aos integrantes do Queen. Mercury também já conhecia May e Taylor antes de fazer qualquer tipo de teste.
A sexualidade de Freddy Mercury
Apesar de Bohemian Rhapsody não apagar a sexualidade ambígua de Freddy Mercury, o filme deixa tudo um tanto quanto confuso. Há uma cena, por exemplo, em que Freddy garante ser bissexual, enquanto que Mary chega a dizer que ele é gay.
Depois disso, Freddy só é retratado com parceiros homens, algo que realça a afirmação de Mary. Ainda assim, são poucos os casos românticos mostrados no filme para um artista que era conhecido pelo seu grande apetite sexual.
A relação de Mary Austin
É verdade que a história do relacionamento entre Freddy Mercury e Mary Austin foi um tanto quanto fiel nas telas do cinema, mas há alguns elementos que o filme modificou em sua história.
O fato é que no filme, o relacionamento dos dois ficou um pouco abalado depois que Mercury começou a ficar famoso, mas segundo alguns relatos de pessoas próximas ao casal, isso não é verdade. O relacionamento dos dois sempre foi bem forte e ela até foi assistente do cantor durante um bom tempo.
A influência de Paul Prenter
Paul Prenter, um dos relacionamentos românticos de Mercury, realmente foi um má influência para o cantor, mas não foi por causa dele que o Queen acabou se separando, nem foi por ele que Mercury resolveu seguir uma carreira solo.
Na realidade, os integrantes da banda decidiram em conjunto diminuir o volume de músicas produzidas e shows a serem feitos. Só depois eles focaram em suas carreiras solos.
O final do Queen
Já foi dito que o Live Aid é mostrado quase como um ponto final para a banda, mas a verdade é que o Queen continuou fazendo shows, ainda que em menor escala, e divulgando novas músicas até 1991, ano em que Freddy Mercury morreu. O evento não foi o fim do Queen, como muitos podem imaginar.
Também é interessante deixar claro que Freddy permaneceu até o fim de sua vida ao lado de Jim Hutton, que morreu em 2010. Já Mary Austin continua vivendo na mansão de Freddy, que ele deixou para ela em seu testamento.
Ray Foster nunca existiu
Ray Foster, o empresário interpretado por Mike Myers no longa, não é um personagem real. Diversas fontes afirmaram que Foster na verdade é a união de vários empresários que gerenciaram o Queen em seus primeiros dias. Como Foster, muitos deles não acreditavam que o Queen faria sucesso.