O ator e diretor estadunidense Tom Hanks, duas vezes vencedor do Oscar de Melhor Ator nos filmes Filadélfia (1994) e Forrest Gump (1995) e grande astro internacional, já esteve na pior a ponto de enviar uma carta pedindo emprego!
Essa carta foi descoberta nos arquivos da Motion Picture Academy, na Califórnia, segundo o jornal inglês The Guardian, e estava endereçada a ninguém menos que o diretor George Roy Hill, vencedor do Oscar de Melhor Diretor pelo filme Golpe de Mestre (1973).
Com uma sinceridade tocante, Hanks, então com 18 anos de idade, dizia na carta que se sentiu encorajado a escrevê-la após assistir Golpe de Mestre, que não era ninguém fora de sua escola e que não deseja ser um grande astro de Hollywood, mas apenas “um garoto americano que saiu de sua cidade natal e atingiu seu grande momento, é dono de um Porsche e chama Robert Redford (que trabalhou com Hill em Golpe de Mestre e Butch Cassidy & Sundance Kid) de Bob’”. E acrescentava:
“Minha aparência não é impressionante. Mas acho que, se as pessoas pagam para ver certos filmes… elas vão pagar para me ver. Vamos acertar os detalhes da minha descoberta. Podemos fazer do jeito que Lana Turner foi descoberta: eu sentado em um banquinho na loja de refrigerantes, você entra, me nota e —BINGO— eu sou uma estrela”.
Não se sabe se Hill chegou a responder ao jovem ator, mas o fato é que o futuro astro de Capitão Phillips (2013) teve ainda que esperar seis anos pela sua primeira chance, que aconteceu no filme Trilha de Corpos (1980), um terror B no qual tem uma pequena participação.
Em tempos de desemprego e “ajuste fiscal”, é um alento saber que mesmo grandes astros do cinema também já passaram por apertos e, afinal de contas, são gente como a gente.