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Wasp Network: Explicamos a história REAL por trás de Rede de Espiões, da Netflix

ALERTA DE SPOILERS

A Netflix surpreendeu os assinantes com Wasp Network: Rede de Espiões. Como fica claro no começo do longa, a trama é baseada em uma história real.

O filme acompanha uma rede de agentes cubanos que são enviados aos Estados Unidos. Todos chegam no país com a história de que precisam de asilo político.

A intenção do governo cubano é infiltrar esses agentes em grupos que atuam contra o então regime de Fidel Castro. Essas organizações também se envolviam com o tráfico de drogas e praticavam atos terroristas, como o filme mostra.

Porém, o governo dos Estados Unidos interpretou de outra maneira a situação. Os agentes começaram a ser investigados e foram presos.

Para o governo local, os cubanos estavam investigando os Estados Unidos. Com isso, Wasp Network mostra como as ações desses agentes os levam para um trágico destino.

Porém, há ainda mais sobre essa história que não é mostrada na Netflix.

A história de Wasp Network

O filme é baseado no livro Os últimos soldados da Guerra Fria: A história dos agentes secretos infiltrados por Cuba em organizações de extrema direita dos Estados Unidos, de Fernando Morais. A trama toca na relação de Cuba e os Estados Unidos, e como tudo leva até esses cinco agentes.

A obra mostra como a tensão entre Cuba e os Estados Unidos começou quando o primeiro país se alinhou ao regime comunista da União Soviética, durante a Guerra Fria. Com a situação, grupos anti-Fidel Castro começaram a se estabelecer na Flórida (EUA).

Esses grupos tentavam prejudicar a economia de Cuba. Os ataques terroristas, por exemplo, eram para afastar turistas do país – um dos principais segmentos cubanos.

Na visão dos opositores, seria mais fácil tirar Fidel Castro do poder com a economia enfraquecida. O caso apenas aumentou a tensão e os grupos tomaram atitudes ainda mais violentas depois da queda da União Soviética – o que pouco afetou o governo cubano.

Para acabar com essas ações, Cuba decidiu começar a enviar os agentes para os Estados Unidos. Eles deveriam antecipar os atos dos grupos e acabar com essas organizações.

O grupo era liderado por Manuel Viramontez, ou Gerardo Hernández, que ficaria em contato com agentes infiltrados nos diversos grupos. Essa equipe cubana ficou conhecida como a Wasp Network.

A rede evitou vários ataques contra Cuba. Mas, o FBI passou a investigar o grupo e prendeu os agentes após o governo cubano derrubar aviões dos grupos opositores.

Como é mostrado no filme da Netflix, mas não fica claro, Cuba chega a compartilhar informações com os EUA para prender Luis Posada, responsável pelas explosões de Havana em 1997. Porém, os norte-americanos usam os arquivos para alcançar a rede de espiões.

Vários agentes foram presos, mas a história foca nos Cinco Cubanos porque eles foram considerados heróis. Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando González e René González não trocaram informações por uma pena menor, como fizeram outros membros do grupo.

O caso chegou até ganhar atenção internacional. Cuba, inicialmente, negou ter conhecimento da rede de espiões, até que começou a defender publicamente os presos.

O que aconteceu com os agentes?

Todos foram condenados em dezembro de 2001. Hernández, Guerrero e Labañino foram sentenciados à prisão perpétua, enquanto Fernando González e René González pegaram 19 e 15 anos.

Após muitas negociações e protestos, René ficou 13 anos preso, voltando em 2013 para Cuba. O restante do grupo foi solto em 2014, em uma troca de prisioneiros entre o país e os Estados Unidos.

Wasp Network: Rede de Espiões tem o elenco formado por Penélope Cruz, Edgar Ramírez, Wagner Moura, Ana de Armas e Gael García Bernal.

O filme baseado na história real está disponível na Netflix.

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