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10 filmes que sofreram mudanças drásticas porque o público os odiou

Quem acompanha o cinema de perto deve conhecer a prática das exibições teste, temidas por estúdios e diretores em toda a Hollywood. O que acontece nessas sessões é que um grupo de pessoas aleatória é apresentada uma versão não-finalizada de um longa-metragem, e depois passa por uma pesquisa de opinião.

10 filmes que foram muito polêmicos antes mesmo de lançar

Essas exibições testes podem ser muito influentes no processo de pós-produção de um filme, e podem levar inclusive a mudanças drásticas. Confira casos em que isso aconteceu:

"Eu sou o rei do mundo", frase dita por Leonardo DiCaprio.
Titanic.

TITANIC | Sim, um dos filmes mais populares de todos os tempos foi odiado pelo primeiro público que o assistiu – isso porque, ao invés das já desafiadoras 3h14 do filme que todos nós assistimos, o corte original tinha mais de 4h de duração! James Cameron e companhia correram para cortar diversas cenas consideradas desnecessárias, incluindo uma longa conversa de Rose com a equipe do Keldysh antes de jogar a joia no mar.

A famosa cena de E.T. – O Extraterrestre.

E.T. – O EXTRATERRESTRE | Outro filme tremendamente popular que não se deu bem nas exibições teste, provando mais uma vez sua importância. Acontece que, no final original do longa, E.T. era visto morrendo antes de poder voltar para casa – ao receber críticas pelo final, Spielberg resolveu mudar tudo e inserir um final agridoce ao invés de um tão deprimente.

UMA LINDA MULHER | O filme estrelado por Julia Roberts e Richard Gere foi motivo de briga entre o diretor Garry Marshall e a Disney – ele queria um final mais realista se comparado à realidade de uma prostituta, com Edward expulsando Vivian de sua vida no final, enquanto o estúdio estava hesitante em apostar tão alto em um filme trágico. O público das exibições teste deu o voto de minerva, e o final feliz foi incluído no filme.

Premonicao

PREMONIÇÃO | O primeiro filme da franquia de terror teve exibições teste atribuladas – o primeiro final, odiado pelo público, mostrava Alex sendo morto por eletrocussão, e um flash-forward de nove meses para Claire dando à luz ao filho dos dois; o segundo diminuía a história de amor entre Alex e Claire e terminava com o protagonista sendo decapitado por um helicóptero. Foi só na terceira tentativa, com o final que todos conhecemos, que o filme foi recebido positivamente.

A BRUXA DE BLAIR | Difícil imaginar A Bruxa de Blair como algo além do rápido e aterrorizante filme de 1h20 que conhecemos em 1999, e que se tornou um impressionante fenômeno pop desde então. No entanto, a primeira versão do filme apresentada ao público tinha mais de 2h30 de duração, o que o tornou obviamente exaustivo.

Jared Leto como Coringa

ESQUADRÃO SUICIDA | Ao contrário dos outros filmes da lista, o longa dos anti-heróis da DC recebeu reações positivas em suas primeiras exibições teste – o problema foi que isso não foi o bastante para a Warner/DC, lidando com o trauma da recepção negativa a Batman vs Superman. Ao invés de “confiar nos eu taco”, o estúdio mandou o diretor David Ayer incluir mais cenas “leves e engraçadas” no filme em refilmagens – má ideia!

GRAVIDADE | O diretor Alfonso Cuarón tomou um banho de água fria quando, na primeira exibição de Gravidade, o público rejeitou sua visão de ficção científica e classificou o filme como “arrastado e sem sentido”. No entanto, ao invés de completamente mudar sua visão, o diretor criou mais tomadas mostrando o poder de seus efeitos especiais, a fim de conjurar uma experiência hipnotizante para o público – deu certo, é claro.

Blade Runner

BLADE RUNNER | As brigas entre Harrison Ford e Ridley Scott sobre Blade Runner são lendárias, mas não foram só eles que tiveram visões diferentes sobre o filme – o público também não gostou do tom pessimista e da insinuação que o personagem de Ford poderia muito bem ser um replicante como aqueles que caça. Após exibições teste desastrosas, o estúdio exigiu que Scott incluísse uma narração em voice-over para fazer o público se identificar com Deckard, e criasse um final mais otimista.

UM SONHO DE LIBERDADE | Frank Darabont era conta a inclusão da cena final do filme, em que Red e Andy se reencontram na praia. Ao invés disso, queria um final ambíguo em que o público teria que decidir sozinho se Red era capaz de se adaptar à vida fora da prisão – mas o público não gostou, e Darabont teve que incluir a cena final no corte levado para os cinemas.

O CALDEIRÃO MÁGICO | Um dos filmes animados mais sombrios da história (sem dúvida o mais sombrio da Disney!), O Caldeirão Mágico quase foi bem pior – em cenas rejeitadas pelo público de exibição teste e mais tarde cortadas do filme, vários personagens eram derretidos pelo caldeirão e transformados em exércitos de zumbis.

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