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4 tendências que devem bombar na televisão brasileira em 2018

2017 foi um excelente ano para a televisão brasileira. Não só para a sempre hegemônica Rede Globo – que, de suas novelas à linha noturna de shows, gozou de uma grande estável que há tempos não via -, mas para as emissoras abertas em geral. SBT e Band, por exemplo, também se mantiveram em alta e fizeram a cabeça do grande público, com programas como Carinha de Anjo e MasterChef.

Com o sabor de “missão cumprida” se misturando à despedida de 2017, um novo desafio se enuncia junto com o próximo ano. Será que a telinha vai conseguir dar conta de manter a preferência popular ou ainda corre o risco de ter seu espaço “invadido” pelas mídias concorrentes?

Em meio a esse cenário tão acirrado, selecionamos algumas tendências que devem dar o tom da TV nacional no próximo ano. Confira.

Carrossel-O-Filme

Segmentação

Foi-se o tempo em que a moda era tentar copiar o padrão Globo de qualidade nas emissoras concorrentes, especialmente no quesito dramaturgia. O SBT, por exemplo, quebrou a cara com isso ao trocar as adaptações de novelas mexicanas por textos genuinamente nacionais, como Vende-se um Véu de Noiva e Amor e Revolução.

Silvio Santos só deu a volta por cima quando emplacou a versão nacional de Carrossel (foto acima), que foi um verdadeiro fenômeno entre as crianças e inaugurou o filão de novelas infantis que hoje já é mais que consolidado no horário nobre da casa.

Da mesma forma, a Record pôs fim a uma fase claudicante de sua dramaturgia, em termos de faturamento e de identidade, ao produzir Os Dez Mandamentos e criar uma linguagem até então praticamente inédito na TV brasileira: a telenovela bíblica.

A estratégia de segmentar seu público, vale ressaltar, não chega a ser novidade – a Band, por exemplo, sempre se beneficiou e ainda se beneficia da imagem de “canal do esporte”. Portanto, o investimento em gêneros ou fatias de público específicas é uma boa saída para a televisão continuar com a audiência ascendente em 2018.

Formatos estrangeiros

Certos programas já estão tão consagrados no imaginário popular que às vezes até esquecemos que eles não foram concebidos originalmente por aqui. BBB, A Fazenda e MasterChef são apenas alguns exemplos de formatos estrangeiros que tiveram imensa acolhida junto ao público brasileiro.

Essa tendência já é tão consagrada na TV nacional que até atrações genuinamente tupiniquins, como o Programa Silvio Santos e o Caldeirão do Huck, incluem quadros adaptados de formatos internacionais sem nenhum constrangimento. Luciano Huck (foto acima), por exemplo, está preparando para o primeiro semestre do ano que vem uma versão do famoso game show americano The Wall para seu programa – e, ao que tudo indica, empreitadas como essa deverão ser repetidas à exaustão no circuito aberto.

Apelo retrô

Um filão que tem dado certo na Globo são as novas versões de humorísticos que fizeram sucesso há alguns anos. Depois de emplacar reboots de Sai de Baixo, Os Trapalhões e Escolinha do Professor Raimundo – este último, por três temporadas -, não será de se estranhar se a Globo continuar investindo na ressurreição de velhos êxitos.

Opções para isso não faltam: de A Diarista a Toma Lá, Dá Cá (que completou dez anos em 2017), são incontáveis os humorísticos que poderiam render ótimas atrações em uma roupagem mais atual. Talvez até, quem sabe, uma volta dos nostálgicos Os Normais (foto acima) e A Grande Família? É aguardar para ver.

Novas temporadas

E, por falar em séries, esse é um dos campos favoritos da Globo para futuros investimentos nos próximos anos – não só no lançamento de novos títulos, mas também no sentido de dar continuidade aos que já obtiveram sucesso no ar.

A elogiada série médica Sob Pressão já tem sequência confirmadíssima para 2018, e não será surpresa se atrações como A Cara do Pai (foto acima) e a própria Escolinha do Professor Raimundo forem as próximas a garantirem sua permanência na linha de produção da emissora.

Percebe-se, porém, um “buraco” na grade do canal carioca no que diz respeito a narrativas semanais mais “popularescas”, nos moldes de Tapas e Beijos e A Grande Família.

Após o fracasso de proposta mais sofisticadas, como Vade Retro, A Fórmula, Cidade Proibida e Sob Pressão, fica a dica para a Globo – ou mesmo canais como SBT e Record, que tampouco se preocuparam em suprir a carência desse subgênero na telinha – incluir em sua lista de produções para o ano vindouro.

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