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Café Society | Woody Allen Retro

Aproveitando a estreia de Café Society, o mais novo filme de Woody Allen, o Observatório do Cinema relembra alguns filmes do diretor que captaram épocas de forma memorável. Se suas últimas tentativas de retratar os anos 30/40/50 não foram tão bem sucedidas, sua filmografia é tão extensa, que fica fácil pincelar alguns exemplos de pérolas cinematográficas em seu currículo.

Meia Noite em Paris

Meia Noite em Paris

Por mais que o ponto de partida da história se dê em um período contemporâneo, boa parte da fita se dedica aos anos 20. Com um desfile de pintores e escritores famosos, somos brindados com uma trama altamente criativa sobre viagem no tempo e o senso de insatisfação do ser humano de sempre querer viver em outra época. Um dos filmes mais relevantes do diretor nos últimos anos que acabou sendo reconhecido com um Oscar de Melhor Roteiro Original.

Poucas e Boas

Este filme aborda a história do fictício guitarrista de jazz Emmet Ray, interpretado brilhantemente por Sean Penn. Conduzido em partes sob a forma de um documentário, o roteiro e´bastante inspirado e a trilha sonora ganha pontos pela sofisticação ao retratar o jazz dos anos 30. Emmet Ray é um profundo admirador do jazzista Django Reindhart e sua namorada é interpretada por Samantha Morton, que no filme é muda, e conseguiu a façanha de ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante sem trocar uma palavra.

A Era do Rádio

Uma aula sobre o impacto do Rádio nas décadas de 30 e 40. Partindo do ponto de vista de um garoto do Brooklin e sua família tipicamente judia, há espaço para todas as referências deliciosas da época. Há destaque para a tia solteirona (Dianne Wiest) que sempre se da mal em seus encontros amorosos, a mãe (Julie Kavner) zelosa que vive gritando com o marido e com os filhos e os sonhos de um garotinho (Seth Green) interpretando um Woody Allen junior cheio de neuroses e estranhamentos. Reparem nas referências brasileiras com uma cena em homenagem a Carmen Miranda e uma participação da atriz Denise Dumont.

Tiros na Broadway

Aqui quem personifica o alter ego woody alleano é John Cusack, que interpreta um novato roteirista de peças da Broadway. Ele contrata uma atriz sem talento (Jennifer Tilly) que namora um gangster responsável por revisar os roteiros da peça sempre dando ideias geniais. Tudo embalado com muito “jazz and liquor” e uma atuação esplêndida da musa de Allen da época, Dianne Wiest, que acabou ganhando o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

A Rosa Púrpura do Cairo

Uma homenagem a fantasia do cinema, este filme é uma obra de arte e de metalinguagem. Mia Farrow interpreta a dona de casa desiludida da Grande Depressão que encontra razão de viver ao ir constantemente assistir filmes no cinema do bairro. Acaba se apaixonando pelo personagem aventureiro interpretado por Jeff Daniels. De repente, o personagem sai da tela do cinema e foge com Farrow para viver um amor impossível entre a ficção e o real. Pura poesia do cinema.

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