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Dia do Cinema Brasileiro: 10 ótimos filmes para ver nos streamings

10 filmes que todo brasileiro precisa assistir

Cena de Que Horas Ela Volta?
Cena de Que Horas Ela Volta?

O cinema brasileiro é uma rica tapeçaria de histórias, culturas e perspectivas únicas que refletem a diversidade e a complexidade do Brasil.

Neste Dia do Cinema Brasileiro, selecionamos 10 filmes imperdíveis disponíveis nos serviços de streaming, como Netflix, Globoplay e Prime Video, que capturam a essência e o talento do cinema nacional.

Cada um desses filmes, à sua maneira, contribui para o panorama cinematográfico do Brasil, oferecendo desde narrativas urbanas impactantes até dramas sociais profundos e retratos históricos.

Confira abaixo!

Rio, 40 Graus

Rio, 40 Graus (1955)

Rio, 40 Graus, dirigido por Nelson Pereira dos Santos, é um clássico do cinema brasileiro que inaugurou o movimento do Cinema Novo na década de 1950. O filme retrata um dia na vida de diferentes habitantes do Rio de Janeiro, desde crianças que vendem amendoins nas ruas até adultos envolvidos em diversas atividades econômicas e sociais. A narrativa intercalada oferece um panorama vibrante e multifacetado da cidade.

Com uma abordagem semi-documental, Rio, 40 Graus destaca-se por seu realismo social e por capturar a pulsante vida urbana do Rio de Janeiro. O filme aborda temas como pobreza, desigualdade e a diversidade cultural da cidade, sendo um marco na história do cinema brasileiro pela sua inovação estética e temática.

Rio, 40 Graus está disponível na Netflix, no Globoplay e no Telecine.

Deus e o Diabo na Terra do Sol

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)

Dirigido por Glauber Rocha, Deus e o Diabo na Terra do Sol é um filme seminal do Cinema Novo, lançado em 1964. A história segue Manuel e Rosa, um casal de sertanejos que enfrenta a opressão e a miséria no sertão nordestino. Após um ato desesperado, eles se juntam a um grupo de seguidores de um líder messiânico, e posteriormente cruzam o caminho de um cangaceiro vingador, representando as forças místicas e políticas em conflito.

Com uma estética única e narrativa épica, o filme é uma alegoria sobre a luta entre o bem e o mal, explorando as injustiças sociais do sertão brasileiro. Deus e o Diabo na Terra do Sol é amplamente considerado uma obra-prima do cinema mundial, destacando-se pela sua direção visionária e impacto cultural duradouro.

Deus e o Diabo na Terra do Sol está disponível no Globoplay e no Telecine.

Madame Satã

Madame Satã (2002)

Madame Satã, dirigido por Karim Aïnouz e lançado em 2002, é um drama biográfico que explora a vida de João Francisco dos Santos, um ícone da cultura marginal do Rio de Janeiro na década de 1930. Interpretado de forma magistral por Lázaro Ramos, João Francisco, também conhecido como Madame Satã, é retratado como uma figura multifacetada: um ex-presidiário, capoeirista, artista de cabaré e um símbolo da resistência e identidade queer em uma sociedade opressora. O filme mergulha na vibrante e tumultuada vida noturna da Lapa, um bairro boêmio do Rio, destacando a luta de João Francisco contra as adversidades e sua busca incessante por liberdade e expressão artística.

O filme se destaca por sua abordagem estilística e narrativa audaciosa, combinando elementos de drama, música e performances artísticas para capturar a essência de seu protagonista e da época em que viveu. A atuação de Lázaro Ramos é um dos pontos altos do filme, trazendo uma profundidade emocional e uma energia inigualável ao personagem. Madame Satã não só celebra a vida de João Francisco dos Santos como também levanta importantes questões sobre raça, gênero e classe no Brasil, sendo um marco importante no cinema nacional por sua representação autêntica e sua contribuição para a visibilidade e valorização das culturas marginalizadas.

Madame Satã está disponível no Globoplay.

Edifício Master

Edifício Master (2002)

Edifício Master é um documentário brasileiro lançado em 2002, dirigido por Eduardo Coutinho. Este filme é notável por sua abordagem íntima e sensível da vida cotidiana de moradores de um edifício residencial em Copacabana, Rio de Janeiro. A seguir, um resumo e análise deste importante trabalho do cinema documental brasileiro.

Coutinho adota um estilo de entrevista direta, onde os moradores falam abertamente sobre suas vidas, com pouca intervenção do diretor. A câmera geralmente permanece estática, permitindo que os entrevistados se expressem de maneira espontânea e natural.

Edifício Master foi amplamente aclamado pela crítica e é considerado uma obra-prima do cinema documental brasileiro. É um retrato profundo e comovente da vida urbana no Rio de Janeiro, oferecendo uma janela para as complexidades da experiência humana em um ambiente aparentemente comum.

Edifício Master está disponível no Globoplay e no Telecine.

Cena do filme Cidade de Deus

Cidade de Deus (2002)

Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, é um dos filmes mais aclamados do cinema brasileiro, conhecido mundialmente por sua narrativa crua e poderosa sobre a vida nas favelas do Rio de Janeiro. Lançado em 2002, o filme é baseado no romance homônimo de Paulo Lins e segue a trajetória de dois jovens que tomam caminhos muito diferentes na violenta favela carioca: Buscapé, que sonha em ser fotógrafo, e Zé Pequeno, que se torna um perigoso traficante.

Com uma direção vigorosa e atuações impressionantes, muitas delas de atores não profissionais, Cidade de Deus proporciona uma visão visceral e realista da desigualdade social e da criminalidade urbana. O filme foi indicado a quatro Oscars e é frequentemente citado como um dos melhores filmes do século XXI, destacando-se por seu estilo visual inovador e narrativa eletrizante.

Cidade de Deus está disponível na Netflix, Telecine e no Globoplay.

Meu Nome Não é Johnny

Meu Nome Não é Johnny (2008)

Baseado em uma história real, Meu Nome Não é Johnny é um drama biográfico dirigido por Mauro Lima e estrelado por Selton Mello. O filme narra a vida de João Guilherme Estrella, um jovem de classe média alta que se envolve profundamente no tráfico de drogas no Rio de Janeiro durante os anos 1990. A trama explora sua ascensão e queda no mundo do crime, culminando em sua prisão e subsequente reabilitação.

Meu Nome Não é Johnny se destaca por seu roteiro envolvente e pela atuação carismática de Selton Mello, que traz uma complexidade humana ao personagem principal. O filme não apenas entretém, mas também oferece uma reflexão sobre as consequências do envolvimento com o tráfico de drogas e a possibilidade de redenção e mudança.

Meu Nome Não é Johnny está disponível no Prime Video e no Globoplay.

Que Horas Ela Volta?

Que Horas Ela Volta? (2015)

Dirigido por Anna Muylaert, Que Horas Ela Volta? é um drama que aborda questões de classe e hierarquia social no Brasil através da relação entre uma empregada doméstica e a família para a qual trabalha. Regina Casé interpreta Val, uma mulher nordestina que se mudou para São Paulo em busca de uma vida melhor para si e para sua filha, Jéssica. O equilíbrio delicado de sua vida profissional e pessoal é abalado quando Jéssica vem morar com ela e desafia as normas estabelecidas na casa dos patrões.

O filme recebeu elogios pela sua sensibilidade e pela maneira como retrata a desigualdade social no Brasil, sendo premiado em diversos festivais internacionais, incluindo Sundance e Berlim. A atuação de Regina Casé foi amplamente aclamada, destacando-se pela autenticidade e profundidade emocional, fazendo de “Que Horas Ela Volta?” um retrato íntimo e poderoso das dinâmicas familiares e sociais.

Que Horas Ela Volta? está disponível na Netflix.

Bingo: O Rei das Manhãs

Bingo: O Rei das Manhãs (2017)

Bingo: O Rei das Manhãs, dirigido por Daniel Rezende, é um drama inspirado na vida de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do icônico palhaço Bozo no Brasil. O filme estrelado por Vladimir Brichta, segue a ascensão de Augusto Mendes, que alcança a fama como Bingo, mas enfrenta uma série de desafios pessoais, incluindo o vício em drogas e o anonimato imposto pelo contrato de trabalho.

O filme oferece um olhar irreverente e comovente sobre os bastidores da televisão brasileira dos anos 1980, destacando a pressão do sucesso e o impacto da vida pública na vida privada. Bingo: O Rei das Manhãs foi aclamado por seu roteiro dinâmico, direção criativa e pela performance brilhante de Brichta, tornando-se um retrato fascinante e complexo de uma figura emblemática da cultura pop brasileira.

Bingo: O Rei das Manhãs está disponível no Max.

Bacurau

Bacurau (2019)

Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é uma obra-prima do cinema contemporâneo brasileiro que mistura gêneros como faroeste, ficção científica e thriller político. Situado em um futuro próximo, o filme conta a história dos habitantes de Bacurau, um pequeno povoado no sertão nordestino, que descobrem que sua comunidade foi apagada dos mapas e enfrenta uma série de eventos misteriosos e violentos.

O filme é uma alegoria poderosa sobre resistência, identidade e colonialismo, explorando temas sociais e políticos relevantes de forma inovadora e impactante. Bacurau foi aclamado pela crítica internacional e ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2019, consolidando-se como um dos filmes mais importantes e provocativos do cinema brasileiro contemporâneo.

Bacurau está disponível no Globoplay e no Telecine.

Pedágio

Pedágio (2023)

Pedágio, dirigido por Carolina Markowicz, traz uma visão inusitada e satírica da vida de uma mulher trabalhadora em um cenário rural. O filme segue a história de Suellen (Maeve Jinkings), uma operadora de pedágio que vive uma rotina monótona e enfrenta dificuldades financeiras.

A trama se desenrola quando ela é abordada por uma quadrilha criminosa para ajudá-los em um esquema de contrabando, prometendo-lhe uma quantia significativa em dinheiro em troca de sua colaboração.

Com uma narrativa envolvente e um toque de humor ácido, Pedágio explora temas como a corrupção, a desigualdade social e as escolhas difíceis que muitas vezes são impostas aos indivíduos em situações de vulnerabilidade.

Pedágio está disponível no Globoplay.

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