Mesmo não sendo um feriado nacional, o Dia da Consciência Negra é uma data extremamente importante! Criado em 2003, a ocasião é dedicada à reflexão sobre a importância da comunidade negra na cultura brasileira e os desafios que esse grupo infelizmente ainda enfrenta.
A data foi escolhida por coincidir com a morte do Zumbi dos Palmares, um dos mais importantes líderes negros da história brasileira, conhecido por lutar contra o sistema escravagista da sociedade colonial.
O Dia da Consciência Negra sempre proporciona debates sobre racismo, intolerância, violência e a riqueza da cultura afro-brasileira.
Vale a pena usar a data para assistir filmes protagonizados por atores e atrizes negras, além de conferir séries que falam sobre racismo e que focam na experiência negra em vários países.
Afinal de contas, como já diria a professora, filósofa e ativista Angela Davis: “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”.
Confira abaixo algumas recomendações da Netflix e Globoplay!
Olhos Que Condenam
Criada por Ava DuVernay, a minissérie Olhos que Condenam acompanha a história dos “5 do Central Park”, um grupo de jovens negros que foi processado e condenado pelo estupro e assassinato de uma jovem que corria no Central Park. A condenação dos jovens foi completamente injusta, e a série traz uma reflexão pesada e chocante do tratamento de pessoas negras pelo sistema jurídico americano.
Onde Assistir: Netflix
Dentro da Minha Pele
Lançado recentemente, Dentro da Minha Pele é um documentário extremamente humano e poético, com várias histórias que revelam o racismo estrutural que ainda se agarra às raízes da sociedade brasileira e é visto no ambiente de trabalho, nas relações familiares e na política. O foco do documentário são os relatos de 9 pessoas comuns, que mostram seu cotidiano na cidade de São Paulo e contam situações de racismo, de microagressões veladas a violências explícitas.
Onde assistir: Globoplay
Cara Gente Branca
Cara Gente Branca é uma reflexão inteligente e bem humorada sobre temas polêmicos como racismo, privilégio branco, homofobia e microagressões étnicas. Baseada no filme homônimo de 2014, a série foca cada episódio em um dos estudantes negros de uma influente faculdade americana. Os personagens discutem assuntos extremamente importantes, tanto para a comunidade afroamericana quanto para pessoas brancas, com um leve tom satírico e cômico.
Onde assistir: Netflix
Marielle: O Documentário
No dia 14 de março de 2018, o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes comoveram o Brasil e o mundo. Símbolo do ativismo social e moradora do Complexo da Maré, Marielle teve sua vida ceifada por ousar confrontar os problemas sociais mais sérios do Brasil e incomodar interesses poderosos. Com 6 episódios, o documentário produzido pela Rede Globo faz um ótimo trabalho ao unir o aspecto profissional e humano da carreira da vereadora, sem apelar para o sensacionalismo ou melodrama.
Onde assistir: Globoplay
O Que Ficou Para Trás
O Que Ficou Para Trás (com o título original His House) é uma produção britânica, que acompanha a história de um casal de imigrantes do Sudão, que além de lidar com todos os problemas estruturais da sociedade, também é obrigado a confrontar espíritos em uma casa assombrada. O filme foi extremamente elogiado por mostrar que o racismo e a intolerância da sociedade são os verdadeiros monstros a serem temidos.
Onde assistir: Netflix.
Eu Não Sou Seu Negro
Outro documentário excelente, Eu Não Sou Seu Negro é baseado no livro de James Baldwin e dirigido pelo cineasta haitiano Raoul Peck. O filme apresenta vislumbres da história americana, marcada pela escravidão, pelas leis segregacionistas e pela violência policial que destrói até hoje muitas vidas. Ao mesmo tempo, o documentário mostra a resistência dos Panteras Negras e o recente movimento do Black Lives Matter, além de comparar as ideias de grandes líderes como Martin Luther King e Malcolm X.
Onde assistir: Globoplay
Moonlight: Sob a Luz do Luar
Moonlight: Sob a Luz do Luar ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali) em 2016. Na hora da premiação, os apresentadores se confundiram e premiaram La La Land, mas Moonlight foi o verdadeiro campeão. O filme de Barry Jenkins é ambientado em três períodos da vida de seu protagonista e baseia sua trama na interseção entre o racismo e a homofobia.
Onde assistir: Netflix