Indicações

Fox exibe série com "legendas pornô"; relembre outras gafes "impróprias para menores" na TV

O canal pago Fox Premium cometeu uma falha no mínimo constrangedora durante a exibição do mais recente episódio de Outlander, na madrugada de domingo (12) para segunda-feira (13).

A produção da emissora acabou se atrapalhando e legendando o seriado de ficção científica com os diálogos em português do filme americano Confissões de Uma Garota de Programa (The Girlfriend Experience), produção de 2009 que retrata as aventuras de uma prostituta de luxo, vivida por Sasha Grey.

O resultado foi que vários telespectadores tiveram de assistiram a personagens como Claire (Caitriona Balfe), Jamie (Sam Heughan) e Jonathan (Tobias Menzies) “dizendo” frases como “Quero que goze na minha boca”, “Seu p** é tão grande” (imagem abaixo) e “Poderia gozar agora mesmo”.

legenda-erotica-fox

Nas redes sociais, as reações foram as mais diversas. Alguns assinantes do canal se mostraram ofendidos com o incidente, enquanto outros levaram no bom humor. “Fox Premium, obrigada por estragar meu sono. Cancelando amanhã”, queixou-se uma cliente no microblog. “Além de passar o episódio atrasado, colocaram legendas de um pornô. Mas rendeu bons memes!”, debochou outro internauta.

Embora bastante inusitada, a falha cometida pela Fox está longe de ser inédita no histórico das emissoras de televisão. E, como a gente até perdoa, mas não esquece, nós do Observatório do Cinema reviramos o baú e encontramos uma série de gafes similares, tanto na TV do Brasil como no exterior. Acompanhe.

Um “temporal de amor”

Um dos casos mais antigos se deu no ano de 2003, na afiliada da Band no Paraná. O telejornal local Band Cidade, veiculado na faixa do meio-dia, exibiu trechos de um filme erótico no meio de uma matéria sobre as consequências de um temporal que havia atingido a cidade Curitiba. As imagens duraram poucos segundos, mas foi o suficiente para deixar vários espectadores de cabelo em pé.

Na mesma semana, a Band Paraná veio a público esclarecer a situação. De acordo com a direção de jornalismo do canal, os cinegrafistas responsáveis haviam reutilizado na filmagem da matéria, por engano, uma fita enviada por uma sex shop, anunciante da emissora nas madrugadas. Como as imagens do vídeo original não chegaram a ser integralmente apagadas, algumas acabaram vazando na forma de flashes durante o jornalístico.

Hackers engraçadinhos

Outro caso famoso aconteceu em maio deste ano, dessa vez não na tela da Band, mas no site da emissora – especificamente, na página do extinto programa CQC.

Diversos fãs ficaram surpresos ao se deparar com sequências explícitas de sexo gay disponíveis em meio à galeria de vídeos com antigas reportagens do humorístico. Os vídeos indesejados ficaram no ar por umas poucas horas, antes de serem removidos pela Band.

O canal apurou o caso e concluiu que os filmes pornográficos haviam sido publicados por meio de uma invasão hacker. Mesmo assim, a internet não perdoou e várias piadas sobre o caso surgiram nas redes sociais. “Acho que até quem é hétero concorda que pornô gay é melhor que o CQC”, publicou um internauta.

“Partes” erradas

Conhecida pela seriedade de sua equipe e de sua linha jornalística, o canal norte-americano cometeu uma “quebra de decoro” histórica ao transmitir, durante 30 minutos ininterruptos, um filme pornográfico para toda a sua audiência da cidade de Boston.

O episódio, ocorrido em novembro de 2016, ganhou repercussão ainda maior por ter acontecido em pleno feriado de Ação de Graças, época em que muitas famílias assistem à TV reunidas em casa. A CNN, por sua vez, desculpou-se pelo constrangimento e atribuiu a responsabilidade à operadora de TV a cabo RCN, sua retransmissora naquela região.

O mais curioso, porém, é que a atração que deveria ter sido exibida pelo canal de notícias no momento da “invasão” se chamava Parts Unknown (Partes Desconhecidas) – o que motivo algumas piadas e trocadilhos infames nas redes sociais. “Parece que a CNN levou Partes Desconhecidas a outro patamar. Adorei”, brincou um espectador.

Animação nada infantil

Em setembro deste ano, o canal HBO foi multado pelo Procon de São Paulo no valor de R$ 2 milhões. O motivo de tão cara punição? A rede por assinatura exibia diariamente, em horário impróprio, o longa-metragem de animação Festa da Salsicha, que mostra alimentos de supermercado em um comportamento sexual bastante “livre”.

A sanção foi determinada depois que diversos telespectadores reclamaram, junto à emissora e a órgãos de defesa do consumidor, da presença do desenho “safadinho” na programação matutina e vespertina da HBO – período em que ele poderia ser facilmente assistido por crianças. O canal até tentou reverter a situação, vetando a partir de então a exibição de Festa da Salsicha antes das 22h – mas nem assim escapou da penalização milionária.

Tire as crianças da sala

Não é de hoje que o grupo Walt Disney vem sendo acusado de promover a erotização precoce de crianças e adolescentes, através da inserção de mensagens subliminares em suas produções. Há cerca de dez anos, no entanto, a empresa teve seu nome relacionado a um caso nada sutil de exposição de crianças à pornografia.

O episódio se deu em 2007, quando telespectadores-mirins de Nova Jersey foram surpreendidos pela transmissão de cenas de sexo explícito durante a programação do canal Disney’s Playhouse, voltado para crianças entre 3 e 6 anos. Os pais, é claro, ficaram indignados com a situação e enviaram reclamações às operadoras. No fim das contas, a retransmissora Comcast assumiu a culpa pela falha e enviou pedidos de desculpa à Disney e às famílias afetadas.

Tire as crianças (brasileiras) da sala

Um fato similar aconteceu em janeiro de 2013, mas desta vez no Brasil – e novamente envolvendo a Disney. A operadora por assinatura Claro TV exibiu por engano uma sequência pornográfica, de apenas oito segundos, a 800 assinantes que acompanhavam o desenho Phineas & Ferb, na faixa matinal do canal infantil Disney Channel.

A coisa tomou proporções tão sérias que alguns pais chegaram a registrar boletim de ocorrência contra a Claro. A operadora, por sua vez, assumiu a responsabilidade pela falha ocorrida e prometeu apurar severamente os fatos. Que absurdo, não?

Sair da versão mobile