Me Chame Pelo Seu Nome, com sua composição clássica e seu retrato intenso da adolescência, conquistou seguidores entre os apreciadores do cinema gay, tanto quanto a simpatia dos votantes da temporada de premiações.
Vencedor do Oscar de Roteiro Adaptado, Me Chame Pelo Seu Nome é um marco de sensualidade no retrato de um relacionamento gay no cinema. Para comemorar o Mês do Orgulho LGBT, exploramos outros filmes para lá de quentes na lista abaixo.
Confira:
PLATA QUEMADA (2000)
Esse filme argentino mostra um casal de ladrões homossexuais que roubou um banco em Buenos Aires em 1995 e depois passou meses se escondendo no Uruguai da perseguição da polícia. Cheio de tensão e cenas eróticas, Plata Quemada (Dinheiro Queimado, em tradução livre) deixa pouco para a imaginação.
WEEKEND (2011)
Antes de produzir a série Looking, o diretor/roteirista Andrew Haigh criou essa meditação cuidadosa sobre a natureza de relacionamentos passageiros, na qual dois homens gays (feitos por Tom Cullen e Chris New) passam um fim de semana juntos – as cenas de sexo são tão honestas quanto quentes.
BUBBLE (2006)
Esse efervescente retrato da juventude de Tel Aviv (Israel) cruza destinos de pessoas gays e heterossexuais, judeus e muçulmanos ao mostrar um grupo de amigos e os relacionamentos (sexuais ou não) que surgem entre eles. As cenas quentes são muitas e apostam na diversidade e na sugestão.
QUERELLE (1982)
Em 1982, o cineasta Rainel Werner Fassbinder não pode fazer um filme tão explícito quanto os seus colegas de lista, mas nenhum outro longa que selecionamos aqui transpira energia sexual como Querelle. A história de um marinheiro que se envolve com o dono de uma estalagem não precisa tirar a roupa de seus rapazes para torna-los objetos de desejo ou fetiche – pelo contrário, é melhor que não tire.
SHORTBUS (2006)
O dramaturgo John Cameron Mitchell polemizou com esse filme explicitamente sexual, em que a maioria dos atores fez sexo de verdade ao invés de simulá-lo. Quase inteiramente composto por cenas quentes que refletem sobre a própria natureza da sexualidade, Shortbus apresenta um mosaico de expressões diversas, entre elas muitas cenas homossexuais.
GAROTOS DE PROGRAMA (1991)
Porque esse é um “filme de arte” de Gus Van Sant, Garotos de Programa não é tão explícito quanto outros membros da lista. Mesmo assim, o filme transpira sensualidade, com dois grandes musos dos anos 1990 (Keanu Reeves e River Phoenix) interpretando gigolôs que atendem aos desejos de homens e mulheres.
CONTRA CORRENTE (2009)
A história de um pescador apaixonado por outro homem, mas que mantem uma vida de fachada com casamento tradicional e tudo o mais – Contra Corrente não seria tão tocante se não fosse sua sensualidade delicada, conduzida pelo diretor Javier Fuentes-León, que o torna um dos filmes peruanos mais importantes dos últimos anos.
A LEI DO DESEJO (1987)
Um Pedro Almodóvar pré-fama dirigiu e escreveu essa história autobiográfica sobre um diretor de cinema lutando contra o seu desejo não correspondido em relação a um amigo, e encontrando consolo em um amante mais jovem (Antonio Banderas). As cenas de sexo vem com as cores fortes e clima sugestivo que já nos acostumamos a esperar de Almodóvar.
CORPO ELÉTRICO (2017)
O representante brasileiro na nossa lista, Corpo Elétrico, toma parte do seu tempo para fazer crônica das aventuras sexuais do protagonista, Elias. As cenas francas, sensuais e calorosas são parte integral da abordagem honesta do filme sobre a experiência homossexual brasileira.
VELVET GOLDMINE (1998)
A lista não estaria completa sem um filme do mestre Todd Haynes, e Velvet Goldmine é talvez sua produção mais gay, camp e explícita. O personagem de Ewan McGregor fica com a maioria das cenas quentes – não estamos reclamando! – dessa biografia não-oficial de David Bowie.