A Netflix conta com um excelente acervo de documentários. Nesta semana, foi lançada outra obra excepcional: Marcados: A História do Racismo nos EUA.
Fiel ao seu título, o filme procura explicar a origem da hostilidade contra os negros.
De acordo com a ativista Angela Davis, uma das entrevistadas que dão credibilidade ao filme: “Não se trata da cor da pele ou do tipo de cabelo. Trata-se de escravidão”.
O filme também aborda a cisão racial que deu origem ao conceito de branquitude, em que os brancos eram considerados inerentemente superiores e, portanto, merecedores de privilégios baseados exatamente nisso.
A partir daí, Williams apresenta evidências históricas dessas ideias. Como cineasta, ele sabe que confiar em acadêmicos lógicos que apresentam ideias sóbrias pode não manter o público envolvido.
Animação também é usada no documentário
Não importa quão persuasivos sejam os argumentos ou quão conhecidos e confiáveis sejam os acadêmicos. Por isso, ele acrescenta uma animação distinta e lindamente renderizada para revigorar a narrativa. Imagens de arquivo e momentos virais recentes também são incluídos para fornecer um contexto familiar aos conceitos apresentados.
Ao longo de todo o processo, Williams acrescenta imagens reconhecíveis da cultura pop. Ele usa imagens de filmes e séries de TV queridas, combinando esses exemplos com depoimentos em off que forçam os fãs a reconhecerem sua admiração – um exame necessário do que essas imagens realmente representavam, convidando a novas conclusões quando examinadas novamente dentro desse contexto.
Dessa forma, Marcados: A História do Racismo nos EUA, prova ser um documentário essencial para ser visto na Netflix.