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Outros tempos? 8 astros que foram terrivelmente abusados por estúdios

O mundo do showbusiness pode ser bem cruel, embora muita gente hesite em sentir pena dos astros de Hollywood por conta dos milhões que eles ganham por seus trabalhos. Mesmo assim, ouvir histórias da velha Hollywood, quando estúdios mandavam mais do que astros ou franquias, é bem asustador.

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Algumas das práticas abaixo estão extintas, ou ocorrem bem menos do que naquela época, mas algumas persistem até hoje. Confira:

AVA GARDNER | Um dos efeitos mais malignos das infames “cláusulas de imoralidade” nos contratos de astros e estrelas com estúdios da Hollywood clássica era que qualquer atriz que se descobrisse grávida fora de um casamento seria obrigada a realizar um aborto. Um dos casos mais famosos aconteceu com Ava Gardner (A Noite do Iguana, Mogambo), que foi obrigada a abortar mesmo estando casada com Frank Sinatra – o estúdio estava preocupado que a gravidez tiraria uma de suas maiores estrelas “do circuito” por um tempo. Bette Davis, Jean Harlow, Joan Crawford e muitas outras passaram por situações semelhantes.

ROCK HUDSON | Esse astro americano era um dos maiores galãs de comédias românticas nos anos 1950, estrelando uma sequência de filmes lendários do gênero com Doris Day e indicado ao Oscar por Assim Caminha a Humanidade (1956). Em 1955, Hudson foi obrigado por seu estúdio a se casar com a amiga Phyllis Gates, um casamento de fachada para esconder que Hudson era homossexual. Os dois se divorciariam em 1958, e Hudson se assumiria nos anos 1980, pouco antes de morrer devido ao HIV.

CARY GRANT | Ao contrário do colega Hudson, Cary Grant nunca assumiu sua bissexualidade para o público, mesmo que tenha passado quase 10 anos namorando o dançarino Randolph Scott. Grant se casou cinco vezes com cinco mulheres diferentes, e embora nenhum dos matrimônios tenha sido exatamente arranjado, o estúdio ainda fez com que ele escondesse sua relação com Scott quando ela floresceu, no intervalo entre dois dos casamentos.

JUDY GARLAND | A trágica história da eterna Dorothy de O Mágico de Oz não é novidade para a maioria dos cinéfilos – Garland se viciou em drogas desde muito jovem e acabou falecendo em 1967, aos 47 anos, por uma overdose acidental. No entanto, pouca gente sabe que quem deu essas drogas para Garland foi o estúdio, que a obrigava ela e o amigo Mickey Rooney a tomarem anfetaminas para aguentar dias de trabalho absurdamente longos (17 a 18 horas, segundo reportagens) – isso desde os 12 anos!

SAMMY DAVIS JR | Como parte da turma de Frank Sinatra, Dean Martin e cia, Sammy Davis Jr foi um dos primeiros grandes astros negros de Hollywood. Mesmo com seu status, no entanto, ele foi proibido de namorar uma atriz branca, Kim Novak (a femme fatale de Um Corpo que Cai, de Hitchcock). O presidente da Columbia na época, Harry Cohn, mandou membros da máfia para ameaçar Davis Jr, que terminou o relacionamento com Novak e pagou uma cantora negra, Loray White, para se casar com ele a fim de desviar a atenção.

Rita Hayworth

RITA HAYWORTH | Aqui os problemas de décadas atrás começam a ficar mais familiares. Nascida Margarita Cansino, uma jovem latina nova iorquina foi cooptada por Hollywood e virou Rita Hayworth, um dos maiores símbolos sexuais dos anos 40 com seus papéis em Gilda, Carmen e A Dama de Shanghai. No entanto, você sabia que, além de americanizar seu nome, Hayworth teve que passar por um drástico e dolorido processo à laser para corrigir seu cabelo, que os executivos consideravam “étnico demais”?

GRETA GARBO | Ela é lembrada como a grande rainha misteriosa dos filmes mudos, mas Greta Garbo precisou suar para se encaixar aos padrões de Hollywood quando foi trazida da Suécia por produtores. Louis B. Mayer, presidente da MGM, reportadamente disse a Garbo: “Aqui nos EUA, não gostamos de mulheres gordas”. O regime restrito pelo qual Garbo precisou passar para papéis que absolutamente não exigiam tal magreza certamente é familiar para algumas atrizes da era atual.

SHIRLEY TEMPLE | Outro problema sistemático em Hollywood que não é de hoje: assédio sexual. Shirley Temple virou sensação bem nova, e se tornou uma das estrelas mais lucrativas dos anos 1930 – segundo sua autobiografia, Temple foi assediada por produtores desde em torno dos 12 anos, quando um homem na produção de seu filme mais recente “expôs seu pênis para ela no camarim”.

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